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Crise na Síria e volta às aulas dominam manchetes

A crise na Síria e a volta às aulas na França são os temas que dominam as manchetes dos jornais franceses desta terça-feira, 3 de setembro de 2013. O destaque fica por conta do conservador Le Figaro, que traz uma entrevista exclusiva com o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération desta terça-feira, 3 de setembro de 2013
Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération desta terça-feira, 3 de setembro de 2013
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Na entrevista publicada por Le Figaro, Bashar al-Assad nega ter usado armas químicas contra civis. Ele diz que seu governo está lutando contra terroristas da Al-Qaeda e que a única solução possível é eliminá-los. Assad ameaça fazer represálias contra os interesses da França caso o governo de François Hollande decida atacar o exército sírio. Ele também diz que a França é "subalterna dos Estados Unidos".

O editorial do jornal discute se é justo dar a palavra a um "tirano implacável, que escolheu deliberadamente reprimir com sangue e por meios abomináveis a revolta de seu povo". Le Figaro conclui que seus leitores e a opinião pública internacional têm direito a todas as informações que possam ajudar a compreender o drama na Síria. E defende que uma intervenção militar sem uma base legal internacional só poderia agravar os problemas da região.

Escola

Nesta terça-feira os alunos franceses voltam à escola. Os jornais aproveitam para discutir a mudança dos ritmos escolares decidida pelo ministro da Educação, Vincent Peillon, e que não é uma unanimidade.

Uma parte dos alunos da escola primária, que antes tinha aulas somente quatro dias por semana, agora ficará na escola por quatro dias e meio, com uma diminuição da carga horária diária. Assim as aulas serão repartidas durante cinco dias e os alunos beneficiarão de mais atividades extracurriculares.

A reforma é muito combatida pelos sindicatos de professores e por alguns prefeitos, que dizem não ter dinheiro para custear essas atividades extracurriculares.
Em seu editorial, o progressista Libération diz que a reforma foi negociada às vezes de maneira desastrada e pouco clara pelo ministério, mas que esse novo ritmo escolar é muito melhor para o aprendizado das crianças e diminui a desiguladade social, porque os filhos de famílias desfavorecidas terão mais acesso a atividades extracurriculares.

Já o comunista L'Humanité diz que essa reforma foi lançada sem que o Estado tenha meios de aplicá-la e alerta contra o recurso ao setor privado para financiar as atividades extracurriculares.

Futebol

Os jornais de hoje também dão destaque para o futebol, com o fim da janela de transferências do verão europeu.

Le Figaro diz que o Mônaco e o Real Madrid foram as grandes vedetes, movimentando respectivamente 170 e 180 milhões de euros. O jornal entrevistou Philippe Piat, presidente da União Nacional dos Jogadores de Futebol Profissionais. Ele critica duramente o funcionamento desse mercado, que transforma os jogadores em mercadorias, e diz que a compra de Gareth Bale pelo Real Madrid por 91 milhões de euros é "indecente".

Le Figaro também traz uma entrevista com o brasileiro Raí, que apesar de ter deixado o Paris Saint-Germain há 15 anos continua muito popular aqui na França. Além de comentários sobre política e comparações entre os modos de vida francês e brasileiro, Raí diz acreditar que a regulação do mercado de transferências de jogadores acontecerá naturalmente, quando a diferença técnica entre os clubes tornar as competições impossíveis.

 

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