Condutor de trem que descarrilhou na Espanha estava no telefone no momento do acidente
O Tribunal Superior de Justiça da Galícia anunciou na noite desta terça-feira, dia 30 de julho, que no momento do descarrilhamento do trem em Santiago de Compostela, no dia 24 de julho, o condutor estava no telefone com um controlador de ferrovia. Já o veículo tinha a velocidade de 153 km/h, enquanto o limite era de 80 km/h. O tribunal analisa as primeiras informações da caixa preta do veículo para apurar as causas do acidente que deixou 79 mortos.
Publicado a: Modificado a:
“Nos quilômetros precedentes ao local do acidente, o trem estava a 192 km/h”, informou o Tribunal Superior de Justiça da Galícia através de um comunicado divulgado nesta terça-feira. Segundo o documento, um freio foi acionado alguns segundos antes do descarrilhamento – informações apuradas na análise das caixas-pretas.
No momento da tragédia, o condutor Francisco José Garzón conversava por telefone com um funcionário da Renfe, a companhia de estradas de ferro espanhola. De acordo com o Tribunal da Galícia, pelo tom da conversa e do som ambiente, ele parecia estar consultando um mapa de papel para chegar até a cidade de El Ferrol, a destinação final do trem.
Garzón, de 52 anos, compareceu no domingo diante do tribunal encarregado de investigar o caso. Depois de uma audiência de duas horas e de passar 72 horas em prisão preventiva, ele foi libertado. Ele segue sendo investigado por “79 homicídios por imprudência”, segundo o juiz Luis Alaez.
O condutor tem uma longa experiência e admite ter feito outras 60 vezes o mesmo caminho onde o trem descarrilhou. Em sua audiência, ele reconheceu estar distraído no momento do acidente e não ter acionado os freios a tempo.
A tragédia, uma das mais graves da história da Espanha, resultou em 79 mortos. Nesta terça, 66 feridos ainda estavam hospitalizados, dos quais 15 em estado grave.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro