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Ciência/ aids

Transplante de medula óssea inibe vírus da aids em pacientes

Os cientistas que pesquisam um tratamento para o HIV apresentaram notícias encorajadoras durante uma conferência sobre a Aids que terminou nesta quarta-feira em Kuala Lumpur, Malásia. O caso de dois homens que recebeu transplante de medula óssea e não apresentam mais sinais do vírus é promissor para a ciência.

Cura da aids pode não estar distante.
Cura da aids pode não estar distante. Getty Images
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Os dois homens HIV-positivos receberam transplante de medula óssea e passaram a não apresentar sinais do vírus, respectivamente, 15 e sete semanas após o término do tratamento anti-retroviral. O cientista Timothy J. Henrichum, um dos médicos responsáveis pelo procedimento, advertiu que não ainda não pode confirmar a cura dos pacientes, que também sofrem de câncer, até que novos testes sejam feitos.

“Um acompanhamento de pelo menos um ano será necessário para entender o impacto total de um transplante de medula óssea no vírus da Aids”, disse.

Mas os novos casos revelam a possibilidade do completo desaparecimento do vírus em pacientes - um objetivo inimaginável há apenas alguns anos - ou, pelo menos, o controle de longa duração da doença, também chamada de "remissão funcional", que acaba com a necessidade do uso diário de tratamentos antirretrovirais.

Os tratamentos antirretrovirais, que surgiram na década de 1990, melhoraram gradualmente, mas milhões de pacientes em todo o mundo ainda precisam tomá-los por toda a vida. Quase 34 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV em todo o mundo, e 1,8 milhões morrem com esta doença a cada ano.

A única cura total conhecida até o momento é a de Timothy Brown, chamado de "o paciente de Berlim". Ele recebeu tratamento para leucemia e se declarou curado depois de um transplante de medula óssea de um doador que tinha uma mutação genética rara que impedia o HIV entrar nas células.

Enquanto isso, cientistas franceses apresentaram dois estudos em Kuala Lumpur, ANRS Optiprim e Visconti, destacando a importância do tratamento precoce para controlar a infecção pelo HIV. "Dada a diminuição significativa de depósitos nestes dois estudos, não podemos excluir a possibilidade de uma remissão funcional, ou seja, o controle a longo prazo da infecção sem tratamento, a curto prazo pode ser obtida em pacientes tratados precocemente", destacou Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisas sobre Aids e Hepatites Virais da França.
 

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