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Peru/Protestos

Peru declara estado de emergência para conter protestos em Cusco

O governo peruano declarou hoje estado de emergência na província de Espinar, na região de Cusco. Pelo decreto, válido por 30 dias, o estado restringe algumas garantias constitucionais referentes a liberdade e segurança pessoais, além de controlar a circulação e o direito de reunião na região. A polícia recebe poderes especiais para por as medidas em prática. A medida é uma resposta do governo aos protestos contra a mineradora suíça Xstrata que duram oito dias e já deixaram dois mortos. De acordo com o chefe da polícia de Cusco, Gastón Rodríguez, o número de feridos ultrapassa 70. Só na segunda-feira, 30 policiais foram feridos.

Policiais chegam à província de Espinar, na região de Cusco, em 28 de maio de 2012.
Policiais chegam à província de Espinar, na região de Cusco, em 28 de maio de 2012. AFP
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Em uma coletiva de imprensa no Palácio do Governo, o primeiro ministro Óscar Valdés disse que o objetivo da medida é "garantir a segurança da população e a liberdade de trânsito nesta zona do país diante dos violentos protestos, que já fizeram dois mortos e um fiscal refém". O fiscal Héctor Herrera, que estava em poder dos manifestantes, foi libertado durante a noite e chegou a uma delegacia de polícia sem ferimentos.

Acompanhado pelos ministros do interior, Wilver Calle, de Minas e Energia, Jorge Merino, e do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vida, Valdés afirmou que a medida foi necessária porque "não se trata de uma mobilização pacífica, é gente extremista que está atacando a autoridade policial". O primeiro ministro pediu à população de Espinar que acabe com os atos de violência para abrir o diálogo com o governo.

Wilver Calle explicou que as manifestações começaram na manhã do dia 21 de maio, quando dez veículos cercaram o uma mina de cobre da empresa. Ainda de acordo com o ministro, eles fecharam as estradas que levam a Cusco e à sede da companhia e atiraram pedras contra o local. As autoridades regionais de Espinar acusam a Xstrata de contaminar os rios Salado e Cañipía e exigem um estudo ambiental de ambos afluentes. Eles também exigem um aumento de 3% a 30% dos repasses anuais da empresa para a região e só aceitam mudar de estratégia "quando o governo enviar uma comissão de alto nível" para as negociações.

 

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