Físico nuclear francês é condenado a cinco anos de prisão por terrorismo
O tribunal de Paris condenou nesta sexta-feira o cientista francês de origem argelina Adlène Hicheur, de 35 anos, a cinco anos de prisão por terrorismo. Hicheur está em poder da polícia desde 8 de outubro de 2009, quando foi preso na casa de seus pais, em Vienne (centroeste francês), sob acusação de "associação para delinquir" com a Al Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI). Doutor em física de partículas, Hicheur trabalhava no Centro Europeu de Investigações Nucleares (CERN) em Genebra.
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As suspeitas em torno do físico apareceram quando o serviço secreto francês descobriu que seu endereço de e-mail estaria associado ao envio de um comunicado da AQMI ao site do governo francês, em 2008. De acordo com a promotoria, Hicheur mantinha uma troca constante de mensagens com Mustafa Debchi, acusado de ser responsável pelo braço da rede terrorista na Argélia. Também pesou para a condenação o fato de a polícia ter encontrado uma série de documentos relacionados à Al-Qaeda e à Jihad ("guerra santa") islâmica em sua casa, em Ornex, leste da França.
Desde que foi preso, Adlène Hicheur reitera frequentemente que nunca teve intenção de realizar quaisquer ações terroristas "concretas". Seu advogado, Patrick Baudouin, protestou que não há nenhuma prova de que seu cliente tenha intenções terroristas.
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