Acesso ao principal conteúdo
Brasil/Integração

Na Argentina, Dilma encontra presidente de Honduras

Antes da posse de Cristina, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff , e o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, tiveram o primeiro encontro bilateral desde o conturbado processo político hondurenho no qual Manuel Zelaya foi deposto, Porfirio Lobo assumiu transitoriamente depois obteve uma vitória nas urnas. 

Presidente Dilma Rousseff  em entrega de prêmio de Direitos Humanos em Brasília no dia 9 de dezembro de 2011.
Presidente Dilma Rousseff em entrega de prêmio de Direitos Humanos em Brasília no dia 9 de dezembro de 2011. REUTERS/Ueslei Marcelino
Publicidade

Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires

O Brasil vai oferecer ao governo hondurenho cooperação social e comercial nas áreas energética e de infra-estrutura numa prova de "página virada" do processo que distanciou os dois países. Porfírio Lobo quer que o Brasil seja o maior aliado de Honduras no continente.

"Conversei, há alguns meses, com o presidente Porfirio Lobo. Ele quer fazer do Brasil o seu principal aliado no continente. Nós queremos estabelecer com eles um programa que vai desde de cooperacao nos programas sociais até areas importantes como a energética e a de infra-estrutura. Existem muitas empresas brasileiras que estão interessadas em desenvolver em Honduras programas numa região muito carente de infra-estrutura física e energética", antecipou aos jornalistas brasileiros em Buenos Aires, o assessor em Política Externa da Presidencia, o ministro Marco Aurélio Garcia. "O Brasil vai cooperar com financiamento a exportação de bens e de servicos. Ao mesmo tempo, queremos oferecer uma cooperação em programas sociais", ilustrou.

Depois da queda de Manuel Zelaya, em 2009, Honduras foi suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA) e posteriormente reincorporado. Durante o período de suspensão, o Brasil não reconheceu a presidência de Porfirio Lobo até a consolidação do resultado das urnas e pós como condição para esse reconhecimento que Manuel Zelaya retornasse a Honduras com plenos direitos constitucionais e que pudesse participar da vida política do país. Antes disso, Zelaya tinha tentado retornar clandestinamente a Honduras e chegou a ficar refugiado na Embaixada do Brasil na capital hondurenha, Tegucigalpa.

Dilma Roussef deve agora renovar o sinal positivo do Brasil ao governo de Porfirio Lobo e reforçar o seu papel ativo na reinserção de Honduras no cenário interamericano, como forma de reaproximação entre os dois países.

Posse vira cúpula regional

Com 13 países latino-americanos representados, a cerimônia de posse de Cristina Kirchner no seu segundo mandato de quatro anos torna Buenos Aires a capital política da regiao por este sábado. Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Suriname participam com os seus presidentes. Haiti e Honduras, pela primeira vez, também participam com os seus presidentes da cerimônia de posse. A Argentina teve posição em total sintonia com o Brasil na questão de Honduras e a presenca do presidente Porfirio Lobo em Buenos Aires também visa dar um sinal de "página virada" ao principal aliado político do Brasil. Mexico e Colômbia enviaram os seus chanceleres. Cuba, o vice-presidente do Conselho de Estado. Nenhum Chefe de Governo europeu participa.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.