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Iêmen/Violência

Assinado cessar-fogo entre governo e dissidentes no Iêmen

O presidente iemenita, Ali Abdallah Saleh, e seus adversários entraram em acordo sobre um cessar fogo que terá efeito imediato, anunciou terça-feira o governo do país. O acordo foi assinado alguns dias depois de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que condena a violência no Iêmen.

Populares carregam manifestante ferido pela força policial do governo do Iêmen, em Taiz.
Populares carregam manifestante ferido pela força policial do governo do Iêmen, em Taiz. REUTERS/Stringer
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A Primeira divisão blindada do Exército, que se uniu à contestação, e o gabinete do poderoso chefe tribal, xeique Mohsen Al Ahmar, confirmaram o acordo. As duas partes estão envolvidas nos combates contra as tropas de Saleh.

O cessar-fogo entrou em vigor às 15 horas (hora local) e deve ser seguido pela retirada dos homens armados das ruas, do desmantelamento das barragens e das barricadas e o “retorno à normalidade” na capital, precisou a agência oficial Saba.

Vários acordos desse tipo fracassaram no passado. O impasse político entre o presidente Saleh e uma coalizão de manifestantes degenerou no mês passado se transformando em violentos confrontos entre tropas do governo e soldados dissidentes.

Este último acordo é assinado quatro dias depois de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que condena a violência no Iêmen e ordenar ao presidente a aceitar a proposta de mediação das monarquias pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). A proposta prevê a saída de Abdallah Saleh e a transferência do poder para o vice-presidente.

Um pouco mais cedo, na terça-feira, o Exérctio teria atirado em manifestantes em Sanaa, matando duas pessoas, segundo testemunhas. Quatro pessoas também teriam morrido durante repressão de manifestações em Taëz, no sudoeste do país.

Segunda-feira, Ali Abdallah Saleh tinha acolhido de maneira favorável a resolução do Conselho de segurança, mas não se comprometeu a entregar o poder como pede o texto. Entre o dia 15 e 18 de outubro, pelo menos 23 manifestantes e dois militares dissidentes morreram quando as forças de ordem tentavam dispersar as manifestações

 

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