Deputados votam lei de emergência alimentar na Argentina
A 7 semanas da eleição presidencial, na Argentina, os deputados votam ontem um texto de lei que prevê duplicar as verbas alocadas a programas de assistência alimentar, num valor de 135 milhões de dólares, para as famílias mais carenciadas. Trata-se de um projecto de lei de emergência alimentar ainda com a memória marcada pela pior crise económica que o país atravessou em 2002.
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Os deputados argentinos aprovaram ontem por unanimidade um projecto de lei de "emergência alimentar" que ainda deve ser submetido aos senadores no quadro de programas sociais a favor de famílias pobres.
A 7 semanas da eleição presidencial, o texto que prevê duplicar as verbas alocadas a programas de assistência alimentar num valor de 135 milhões de dólares, foi votado por 222 deputados a favor e uma abstenção.
"Nós estamos perante um problema da fome e má nutrição, para além duma forte queda das receitas", declarou o deputado, Daniel Arroyo, co-autor do projecto de lei e foi apoiado pelo candidato de centro-esquerda, Alberto Fernandez, favorito das eleições presidenciais de 27 outubro.
Argentina viveu uma emergência alimentar idêntica em 2002
Desde quarta-feira, milhares de membros de organismos sociais instalaram-se em tendas nas proximidades do Congresso, para reclamar que o governo apoie os programas de assistência social.
A "emergência alimentar" existe na Argentina desde 2002, quando o país atravessava a pior crise económica da sua história recente.
O projecto de lei aprovado ontem prevê que ficará em vigor até dezembro de 2022.
Em 2018, a Argentina teve de aceitar um programa de ajustamento orçamental em troca de um empréstimo de 57 mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional.
De notar que com a Venezuela e Guatemala, a Argetinha é um dos três países latino-americanos onde a fome foi drástica em 2018, segundo números da FAO, a agência da ONU para a agricultura e alimentação.
Deputados votam lei para lutar contra crise alimentar na Argentina
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