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Brasil

Guerra de palavras entre os Presidentes do Brasil e da França

Guerra de palavras entre os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron, com acusações insultuosas dos dois lados. Bolsonaro, agora, afirma que só aceitará a ajuda de 20 milhões prometida pelo G7 se Macron, retirar os "insultos" contra a sua pessoa. Antes o presidente Macron, declarou que era triste que os brasileiros tivessem como presidente Bolsonaro que insultou a sua esposa.

Presidentes Macron e Bolsonaro, em junho de 2019 em Osaka, na cimeira do G20 onde teria tido lugar as mentiras embientais de Bolsonaro
Presidentes Macron e Bolsonaro, em junho de 2019 em Osaka, na cimeira do G20 onde teria tido lugar as mentiras embientais de Bolsonaro Brendan Smialowski / AFP
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O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, declarou hoje que está pronto para discutir uma ajuda do G7 para lutar contra os incêndios na Amazónia se o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron "retirar os seus insultos".

"Em primeiro lugar Macron deve retirar os insultos que proferiu contra a minha pessoa", declarou Bolsonaro a um grupo de jornalistas  a propósito de acusações do presidente francês segundo as coisas ele tinha "mentido" sobre os seus compromissos ambientais.

"Primeiro tratou-me de mentiroso e depois segundo minhas informações, ele disse que nossa soberania sobre a Amazónia era um assunto em aberto", declarou Bolsonaro, antes de se reunir com 9 governadores de Estados da Amazónia.

Ontem à noite, Brasília, capital do Brasil, rejeitou liminarmente a ajuda de 20 milhões de dólares proposta pelos países do G7 para combater os incêndios na Amazónia, aconselhando o Presidente Macron a ocupar-se "da sua casa e das colónias." 

"Agradecemos o G7 mas estes meios serão talvez mais pertinentes para a reflorestação da Europa", declarou por seu lado o ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. 

Antes um ministro de Bolsonaro tinha chamado igualmente ao chefe de Estado, Macron, de "cretino oportunista que não estava à altura das suas funções".

Guerra de Palavras entre Macron e Bolsonaro

De notar, que, por seu lado, o Presidente francês, Macron, criticou Bolsonaro durante a cimeira G7 e repetiu a crítica ontem à noite na televisão, a propósito de declarações "despropositadas" do presidente brasileiro contra a sua esposa.

Macron afirmou na TV que era "triste antes de mais para ele e para os brasileiros que são um grande povo, ter de ver estes comportamentos.

"Eles esperam de um Presidente que ele se comporte de forma correcta com os outros. E como tenho muita amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que tenham rapidamente um Presidente que se comporte à altura", acrescentou Macron.

É nesta guerra de palavras entre os dois presidentes francês e brasileiro, que o ministério brasileiro da Relações exteriores acaba de dar indicações aos diplomatas brasileiros para não viajarem de férias para a Europa.

O enquadramento é que também estão difíceis as negociações entre o MERCOSUL e a União europeia, depois do presidente Macron ter dito que a França não assinará o acordo, porque Bolsonaro não lhe disse a verdade quando na cimeira do G20 em Osaka lhe prometeu assumir compromissos ambientais tendo voltado atrás com a sua palavra.

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