Pontapé de saída do Mundial de Futebol feminino
Esta sexta-feira, em Paris, as selecções francesa e sul-coreana dão o pontapé de saída do Campeonato do Mundo de Futebol feminino. A competição decorre em França até 7 de Julho.
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Um ano depois de a França ter ganho o título de campeã mundial de futebol, a selecção feminina sonha igualar o feito. As “Bleues” participam na prova pela terceira vez e fazem parte das equipas favoritas, mas nunca foram além de uma meia-final num Mundial, o que lhes valeu um quarto lugar em 2011. Desta vez, competem em casa e podem contar com o apoio do público, já que França é o país anfitrião pela primeira vez na história desta prova.
Estados Unidos, Brasil, Japão, Inglaterra e Alemanha são as grandes favoritas de um total de 24 selecções apuradas. As americanas visam o seu quarto título mundial e foram as únicas, em oito edições, a alcançarem um Mundial em casa, em 1999. Se a França chegar aos quartos-de-final deverá enfrentar os Estados Unidos.
A participar pela primeira vez estão o Chile, a Escócia, a Jamaica e a África do Sul. Itália e Argentina estão de regresso depois de não terem podido participar em 2015.
Discriminação dentro e fora das quatro linhas
A discriminação no futebol começa pelos salários das jogadoras. De acordo com a Federação Francesa de Futebol, citada pela France Info, o salário médio de uma jogadora profissional em França é de 2 494 euros brutos. Na Ligue 1, um jogador recebe, em média, 73 000 euros por mês. Há, pelo menos, um clube que paga bem, o Olympique Lyonnais: a norueguesa Ada Hegerberg ganha 400 000 euros brutos anuais, a francesa Amandine Henry ganha 360 000 euros e a capitã Wendie Renard ganha 348 000 euros.
No caso da selecção francesa vencer o mundial, a 7 de Julho, cada jogadora recebe um prémio de 15.000 euros... No ano passado, os franceses campeões do mundo levaram, cada um, um cheque de 400.000 euros.
As disparidades salariais entre mulheres e homens no campo da bola começam a ser abertamente denunciadas. A 8 de Março, no Dia Internacional dos Direitos das Mulheres, as futebolistas americanas, detentoras do título de campeãs mundiais, apresentaram queixa na justiça contra a sua federação por discriminação. Denunciaram “disparidades flagrantes de salários” mas também nos meios técnicos facultados para a preparação do campeonato, nos treinos e nos cuidados médicos.
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