Presidente Macron em campanha para as eleições europeias
O presidente francês, Macron, entra em força na campanha europeia já na recta final, com entrevistas publicadas em vários jornais regionais, para denunciar o risco existencial de deslocação da Europa. A oposição reage denunciando Macron que se comporta como chefe de clã e não como chefe de Estado.
Publicado a: Modificado a:
Numa entrevista publicada na imprensa regional francesa, cerca de 40 jornais, excepção para "La Voix du Nord e "Le Télégramme" o presidente da França, Emmanuel Macron, denuncia o "risco existencial de deslocação da Europa".
"Não posso ser um espectador, mas um actor desta eleição europeia", sublinha na entrevista publicada em vários jornais regionais, o presidente francês, Macron.
Na recta final da campanha das eleições europeias de domingo, Macron, justifica assim a sua presença na primeira linha da campanha, afirmando: "se enquanto chefe de Estado, eu deixar que haja uma deslocação da Europa, que construiu a paz e trouxe prosperidade, terei uma responsabilidade perante a história".
O presidente francês, recebeu igualmente um grupo de intelectuais europeus que denunciaram em janeiro que a "Europa estava em perigo".
Macron tenta galvanizar as suas tropas em torno da lista Renascimento que nos últimos dias subiu alguns pontos nas sondagens estando taco-a-taco com a União nacional de Marine Le Pen.
Oposição denuncia intervenção de Macron na campanha
As declarações de Macron, provocaram reacções da oposição, com o cabeça de lista da União Nacional, Jordan Bardella, a declarar que "Macron desvia a função presidencial, o que é um abuso, para se comportar como um chefe de clã, numa atitude anti-republicana e profundamente desleal."
Por seu lado, um responsável dos Republicanos, oposição da direita, Guillaume Larrivé, denunciou uma "tentativa de assalto plebiscitário, com tudo organizado como se se tratasse de um referendo a favor ou contra Macron ou Le Pen".
Para Manon Aubry, da França Insubmissa, esquerda radical, Macron, adopta o estilo de "ou eu, ou o caos, mas na realidade temo-lo, ele e o caos, pois é em parte responsável das políticas liberais europeias.
"Não me coloco em tal posição de modo nenhum", responde, o Presidente Macron.
Se a lista apoiada pelo presidente chegar em segundo lugar, depois da União Nacional de Marine Le Pen, ficaria reduzida, em todo o caso, a manobra de Macron, enfraquecido por 6 meses de protestos dos coletes amarelos.
Recorda-se que nas útimas eleições europeias, de 25 de maio de 2014, Marine Le Pen, então líder da Frente Nacional, que mudou o nome para União Nacional, ganhou, com 24,86%, dos votos, em 1° lugar, nas listas de França.
Presidente Macron em campanha para as eleições europeias
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro