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França

Sindicatos e coletes amarelos unidos no 1° de Maio

Em plena crise social despoletada nos últimos cinco meses pelos movimentos de protesto dos coletes amarelos e mau grado as promessas do Presidente francês, consideradas injustas, milhares de pessoas desfilam em todo o país, sob um forte dispositivo de segurança, neste dia do Trabalhador.

Manisfestantes e sindicalistas no 1° de Maio 2019.
Manisfestantes e sindicalistas no 1° de Maio 2019. GEORGES GOBET / AFP
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O desfile do 1° de Maio deste ano fica marcado pela presença do movimento dos coletes amarelos. Uma participação preocupantes para o executivo francês, mas nem tanto para os sindicatos que defendem uma convergência das lutas.

"Pedimos um aumento geral de 300 euros dos salários, o salário mínimo a 1800 euros por exemplo. Como pode ver, temos uma carrinha e fomos revistados quatro vezes para chegar aqui. Só temos material sindical. É preciso mais discernimento. Nós lutamos pelos trabalhadores, os coletes amarelos, na maioria, são trabalhadores, por isso estamos a favor de uma confederação de descontentamentos", defende Sumelam Bahaogo, sindicalista da CGT 93, que pede mais justiça social.

Em Paris foram destacados 7400 agentes de polícia para manter ordem no desfile de primeiro de Maio.

Marie-Christine veste, hoje, um colete amarelo e defende que a violência não resolve a violência, "as pessoas têm medo, o sistema tem medo, sinto-me próxima das forças de ordem. São pais de família e estamos todos no mesmo barco. Agora é verdade, usar este arsenal... de qualquer das formas não vamos resolver a violência pela violência, a História mostra-nos isso".

A presença de infiltrados no movimento social dos coletes amarelos obrigou ao reforço das forças de ordem. O Presidente francês pediu uma resposta extremamente firme para com o grupo violento black blocs. Em Paris, todos os desfiles são acompanhados por policiamento e em muitos bairros foi proibido manifestar.

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Reportagem manifestação 1° de Maio

Pedro Fidalgo apresenta este sábado na Câmara Municipal de Paris o mais recente filme intitulado "a violência não silenciará o povo" sobre o movimento social dos coletes amarelos.

O realizador português participa hoje nas marchas do 1° de Maio e espera que que haja "uma reflexão sobre os pedidos dos trabalhadores porque a França vive uma crise social há cinco meses e o governo não mudou nada", defendeu.

01:05

Realizador português, Pedro Fidalgo

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