Carlos Ghosn pede ajuda à França
Carlos Ghosn reafirmou a inocência e pediu ajuda ao governo francês depois de ter sido novamente detido pela justiça nipónica, esta quinta-feira. As autoridades acusam o empresário de enriquecimento ilícito enquanto esteve na liderança da construtora automóvel Nissan.
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O apelo foi feito durante uma entrevista aos canais de televisão francês TFI e LCI difundida esta quinta-feira.
“Eu sou lutador, eu sou inocente, é preciso sabe-lo. Faço um apelo ao governo francês para me defender, para preservar os meus direitos enquanto cidadão apanhado num esquema incrível”, declarou.
Carlos Ghosn, ex-PCA da Renault/Nissan, de novo preso, em Tóquio
“Eu sou lutador, eu sou inocente, é preciso sabê--lo. Faço um apelo ao governo francês para me defender, para preservar os meus direitos enquanto cidadão apanhado num esquema incrível no estrangeiro. Há uma sanha, uma sanha que não é recente, que começou no dia da minha prisão a 19 de novembro de 2018 e nunca mais parou.”
“Não houve um dia, uma semana, em que não tenha havido novas acusações, novos boatos ou factos descontextualizados. Houve uma demolição sistemática e sabemos donde vem. Há algumas pessoas no seio da Nissan, que estão na origem disto tudo e beneficiam de cúmplices cá fora. Não se contentaram de influenciar e de agir apenas no Japão, pois, agem também no estrangeiro nomeadamente em França.“
O antigo patrão da Nissan e ex-PCA da Renault foi novamente detido esta quinta-feira pelos procuradores de Tóquio que o acusam de ter procurado o enriquecimento pessoal em detrimento da empresa.
Esta manhã, durante uma conferência de imprensa, o advogado de defesa de Carlos Ghosn declarou que recebeu com surpresa a notícia da detenção e que vai contestar a decisão.
O advogado precisou que o Ministério Público de Tóquio confiscou, no momento da detenção, documentos que Carlos Ghosn vai precisar para preparar o processo de defesa.
Interrogado pela comunicação social, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, declarou que Carlos Ghosn beneficia da presunção da inocência e da protecção consular.
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