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França

Mini-remodelação governamental em França

Sibeth Ndiaye, Cédric O e Amélie de Montchalin são os novos nomes a integrar o governo de Edouard Philippe. Os três fazem parte do grupo que acompanhou o Presidente Emmanuel Macron na sua ascensão ao poder, desde a campanha para as presidenciais até hoje.

A nova porta-voz do Governo francês, Sibeth NDiaye. Palácio do Eliseu, Paris. 1 de Abril de 2019.
A nova porta-voz do Governo francês, Sibeth NDiaye. Palácio do Eliseu, Paris. 1 de Abril de 2019. Ludovic MARIN / AFP
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Esta segunda-feira, o Conselho de ministros contou com os novos nomes do elenco governamental.

Sibeth Ndiaye (39 anos), até então assessora de imprensa do Presidente, é a nova secretária de Estado junto do Primeiro-Ministro e Porta-Voz do Governo. Substitui Benjamin Griveaux que saiu para preparar uma candidatura para a Câmara de Paris nas autárquicas de 2020.

A deputada Amélie de Montchalin (33 anos), que era a primeira vice-presidente do grupo LREM (partido de Emmanuel Macron), é a nova secretária de Estado para os Assuntos Europeus. Substitui Nathalie Loiseau, a cabeça-de-lista do partido LREM e dos seus aliados MoDem e Agir para as eleições europeias de 26 de Maio.

Cédric O (36 anos), conselheiro de Emmanuel Macron para os temas digitais e ex-tesoureiro da campanha presidencial, é o novo secretário de Estado para os assuntos digitais. Substitui Mounir Mahjoubi que também vai preparar a sua candidatura para as autárquicas de 2020.

Esta é a primeira experiência governamental para os três. Sibeth Ndiaye teve hoje a sua primeira prova oral durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

A porta-voz do Governo foi questionada sobre declarações que foram publicadas pela revista L'Express em Julho de 2017, quando era assessora de Emmanuel Macron. A revista parafraseou-a assim: “Assumo perfeitamente mentir para proteger o Presidente”.

Sibeth Ndiaye respondeu que «as palavras a que se referem são palavras que foram retiradas do contexto” e pediu para a julgarem pelas declarações que faz e não pelas que lhe atribuem.

As palavras a que se referem são palavras que foram retiradas do contexto. Penso que muitos de vocês estavam presentes quando as disse. Elas visavam proteger a vida privada do Presidente da República num momento de vida pessoal. Era a minha função na altura defender e proteger o Presidente da República. Hoje, como ministra, tenho uma nova responsabilidade, abraço estas funções com muita humildade e muita sinceridade. Os que me conhecem sabem que sou muito directa e espero que me julguem pelas declarações que faço e não pelas que me atribuem”, afirmou.

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Sibeth Ndiaye, Porta-voz do Governo francês

A porta-voz do Governo, que é a única mulher de origem africana no executivo, nasceu no Senegal e obteve a naturalidade francesa em 2016. Hoje, fez questão de evocar o seu país-natal. Para ilustrar esta nova etapa, Sibeth Ndiaye evocou uma frase que lhe foi repetida pelos pais durante a infância no Senegal: “Seja onde estiveres, estarás no teu lugar”. A mãe foi presidente do Conselho Constitucional no Senegal e o pai deputado e número 2 do principal partido da oposição. Sibeth Ndiaye também sublinhou: “A França deu-me muito. Hoje é a minha vez de dar”.

O novo Governo conta com 18 homens e 18 mulheres e é dos executivos mais jovens desde 1962, tendo os seus elementos uma média de idades de 48 anos.

 

 

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