França: lenços vermelhos reagem a coletes amarelos
Mais de 10 000 pessoas manifestaram-se neste domingo em Paris no movimento conhecido como dos lenços vermelhos. Um protesto contra a violência que tem pontuado desde Novembro as manifestações dos coletes amarelos.
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A deputada Lauriane Rossi do partido presidencial (traduzida por Cristiana Soares) integrou o desfile, apesar dele ser apolítico e explicou porquê.
"Vim antes de mais como cidadã para defender a nossa democracia, as nossas instituições e a nossa república.
Somos vários parlamentares que se deslocaram cá, mas antes de mais fizemo-lo sobretudo como cidadãos, para defender o nosso Estado de direito.
Não se trata de uma manifestação da "République en marche", mas de uma marcha cidadã apolítica e republicana.
Não viemos defender a "République en marche", mas para defender a democracia e a república.
Um número considerável de instituições e de personalidades eleitas num plano local e nacional foram alvo de ameaças, o clima é de desconfiança.
Temos que restaurar esta confiança, faço parte desse movimento precisamente para mostrar todo o nosso apoio às nossas instituições."
Laurianne Rossi, deputada do partido République en marche, no poder em França
Desde 17 de Novembro que a França tem sido palco de movimentos de protesto dos "coletes amarelos" denunciando a política fiscal e económica do governo do presidente Emmanuel Macron.
Estas manifestações têm degenerado frequentemente em violência com confrontos entre manifestantes e a polícia e degradação de recintos públicos.
Um movimento que foi desencadeado pela contestação a um imposto ecológico visando os combustíveis, entretanto abandonado, e que implicou a abertura a 15 de Janeiro de um "Grande debate", em curso até 15 de Março por toda a França em torno das reivindicações actuais.
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