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França

Quarto sábado de manifestações em França

Mais um dia de manifestações dos coletes amarelos em França, onde neste quarto sábado de mobilização, foram colocados, em todo o país, 89 mil polícias para garantir a ordem e segurança. Até ao meio da tarde, não se registaram cenas de violência, como aconteceu no passado sábado, mas a polícia, deteve centenas de manifestantes, que tinham intenções de provocar distúrbios.

Campos Elísios este sábado de 8 de dezembro de 2018
Campos Elísios este sábado de 8 de dezembro de 2018 REUTERS/Christian Hartmann
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Quarto sábado de manifestações de coletes amarelos em França, nomeadamente, na capital Paris, para denunciar a política social e fiscal do Presidente Emmanuel Macron.

Até agora as manifestações estão a decorrer numa certa calma, mas no começo da tarde registaram-se pequenas escaramuças entre manifestantes e as forças da ordem nos Campos Elíseos, em Paris.

De registar 3 polícias feridos de um total de 30 feridos nas escaramuças de Paris, onde alguns restaurantes e uma agência de viagens dos Campos Elíseos foram danificados.

A polícia já deteve para interrogatório cerca de 717 pessoas, das quais 475, ficaram sob custódia policial, porque detinham cocktails molotov ou barras de ferro, martelos, máscaras e capacetes de protecção.

Cerca de 89 mil polícias da ordem e segurança, com carros blindados foram colocados em toda a França, dos quais, 8 mil em Paris, contra cerca de 2 mil manifestantes na capital e 35 mil manifestantes em todo o país.

Uma grande parte dos franceses ainda teme que haja uma repetição das cenas de violência de sábado passado, nos Campos Elíseos, em Paris, mas até agora, globalmente, as forças da ordem, controlam a situação.

Nos últimos dias, o governo francês, dramatizou a situação para dissuadir as pessoas de manifestarem, com o ministro do Interior, Castaner, a dizer, que este sábado iria ser marcado pela violência e confrontos entre a polícia e os mais radicais do movimento dos coletes amarelos.

A dramatização parece ter dissuadido muitas pessoas a não manifestar, mas mesmo assim, os mais determinados, vieram para as ruas das cidades de França, bloqueando também alguns troços de estradas perturbando a circulação.

Os manifestantes continuam a fazer reivindicações, como aumento do salário mínimo, aumento das pensões de reforma e outros subsídios, reposição do imposto sobre as fortunas e anulação definitiva da alta de preços dos combustíveis ou de taxas diversas, como as de combustíveis.

Os mais radicais, pedem mesmo, uma demissão do Presidente Macron e uma dissolução da Assembleia nacional ou mesmo uma supressão do Senado. Os coletes amarelos, que já obtiveram algumas das suas reivindicações, continuam a dizer, que as manifestações vão continuar.

Enfim, o presidente Macron, que se refugiou estes dias num silêncio ensurdecedor, deve falar à Nação, na segunda ou terça-feira, sem que se saiba, o que pode anunciar para acalmar esta revolta popular que a França está a viver.

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