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França

Ministra da Cultura de Macron na mira da Justiça

A procuradoria de Paris abriu um inquérito preliminar sobre obras que terão sido feitas mas não declaradas pela ministra francesa da Cultura no edifício da editora Actes Sud, que dirigiu, antes de entrar no governo. A oposição está a denunciar a "República exemplar" prometida pelo Presidente, mas assaltada, por escândalos.

Ministra da Cultura Françoise Nyssen à saída do Palácio do Eliseu, a 3 de agosto de 2018.
Ministra da Cultura Françoise Nyssen à saída do Palácio do Eliseu, a 3 de agosto de 2018. Geoffroy VAN DER HASSELT / AFP
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Suspeitas de mais um escândalo no governo do Presidente Macron, agora com a sua ministra da Cultura, Françoise Nyssen, depois do escândalo Benalla, seu antigo chefe da segurança.

A oposição denuncia a "República exemplar" prometida pelo presidente Emmanuel Macron, um dia depois da procuradoria de Paris ter aberto um inquérito sobre obras de redimensionamento da sede da editora, Actes Sud, quando dirigida pela a agora ministra da Cultura.

Por ocasião da sua nomeação, a ministra, Françoise Nyssen, pediu "muita indulgência" ao primeiro ministro, Édouard Philippe, pressentindo que poderia haver críticas de conflito de interesse a seu respeito, o que acaba por acontecer. 

"Quando se está num mundo que se quer irrepreensível, convém ser irrepreensível", criticou o deputados do partido Os Republicanos Philippe Gosselin. 

Este inquérito sobre possíveis infracções a regras do urbanismo, surge um mês depois do escândalo Benalla, antigo segurança pessoal do Presidente Macron, filmado a espancar manifestantes durante as festas do dia do trabalhador de 1 de maio.

Um escândalo que ainda está por esclarecer, quer pela justiça quer pelo Senado.

Agora com o novo caso relacionado com a ministra da Cultura, a oposição, não vai poupar críticas ao Presidente Macron e o seu governo, nomeadamente, o ministro do Interior, que tem sido muito criticado.

Em relação à ministra da Cultura, Françoise Nyssen, ela tem tido muitas dificuldades em impor-se no seio do governo, com o primeiro ministro a retirar-lhe a regulação económica do sector da edição e a tutela do Centro nacional do livro.

Também, tem dificuldades em imprimir a sua marca na reforma da educação artística e cultural nas escolas e mesmo na gestão de horários mais flexíveis das Bibliotecas.

Enfim, sobre a reforma do sector público dos meios de comunicação social, sob sua tutela, a ministra, tem de trabalhar de mãos dadas com os conselheiros culturais do Presidente Macron e do primeiro-ministro, Édouard Philippe.

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Ministra francesa da Cultura com problemas com a Justiça

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