"O Homem que Matou D. Quixote" projectado no festival de Cannes
Cannes ganhou, Paulo Branco perdeu: "O Homem que Matou D. Quixote", filme que vai ser projectado nesta 71ª edição do festival de cinema de Cannes.
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É o fim de uma longa novela, ditado pela decisão de um tribunal de Paris: “O Homem Que Matou Dom Quixote”, de Terry Gilliam, vai mesmo encerrar o Festival de Cannes no próximo dia 18, estreando-se em seguida nas salas francesas com 300 cópias.
Thierry Frémaux, delegado-geral do festival, anunciou em público na sala Debussy que a decisão dos tribunais lhe foi favorável no processo contra Paulo Branco e, para já, nada indica que o filme de Terry Gilliam não possa estrear-se nas salas francesas logo a seguir, tal como estava programado.
A decisão de tribunal francês foi anunciada ontem, depois do produtor Paulo Branco ter tentado impedir que o filme de Terry Gilliam encerrasse a 71ª edição do Festival de Cinema de Cannes.
A decisão surge no mesmo dia em que se soube que a Amazon Studios, que chegou a financiar o filme, recuou na intenção de fazer a estreia comercial nos Estados Unidos, e que Terry Gilliam teve problemas de saúde que obrigaram à sua hospitalização em Londres.
O projecto chegou a contar com produção de Paulo Branco, anunciada em 2016, mas Terry Gilliam acabou por não concretizar a parceria, alegadamente por problemas de financiamento. Terry Gilliam pediu a anulação do contrato de produção com a produtora Alfama Films, de Paulo Branco, mas em 2017 o Tribunal de Grande Instância de Paris declarou que aquele continua válido. Segundo Paulo Branco, a exploração e utilização das imagens do filme não pode existir sem o acordo prévio da Alfama Films.
Estes são os mais recentes desenvolvimentos de uma guerra legal por causa dos direitos do filme, filmado em Espanha e em Portugal com elenco internacional.
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