As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas pelo tema do movimento de greve lançado ontem nos caminhos-de-ferro nacionais que dura até o mês de junho. SNCF: Macron face a uma forte mobilização, titula o vespertino LE MONDE. A mobilização é forte, reconheceu ontem o governo francês, no primeiro dia da greve. A taxa de maquinistas grevistas, atingiu os 77%, mas o primeiro ministro sublinhou a determinação do governo sobre esta reforma.O executivo aposta no cansaço da opinião, enquanto os sindicatos apostam na duração para pôr de joelhos o governo, nota LE MONDE.SNCF, estudantes, trabalhadores da recolha do lixo, Air France, funcionários, um greve que pode esconder outras greves, replica em título, LIBÉRATION. Após o sucesso do primeiro dia, o movimento de greve dos condutores e revisores de comboios, multiplica-se por uma unificação dos combates sindicais.Uma convergência ainda longe de estar adquirida, mas que poderá ser preocupante para o executivo, nota LIBÉRATION.Por seu lado, L'HUMANITÉ, titula, a união é a força desta greve. Os maquinistas ganham a primeira mão, após a união do primeiro dia, um sinal de revolta e de determinação que deslinda os cenários duma reforma dedidida antecipadamente, observa L'HUMANITÉ.Os serviços públicos estão ameaçados?, pergunta em título LA CROIX. A greve na empresa nacional dos caminhos-de-ferro foi bem seguida. Este movimento inscreve-se num debate mais vasto sobre o futuro do serviço público em França, nota LA CROIX.LE FIGARO, coloca este debate em segundo plano, escrevendo que a participação foi média apesar de fortes perturbações. O jornal, preferiu titular sobre asilo e imigração: a lei à prova da Assembleia.O Ministro do Interior, Gérard Collomb defende o seu projecto que entende aumentar a expulsão de clandestinos, mas o texto é tido como sendo muito duro por uma parte da sua própria maioria no Parlamento. O texto começou a ser debatido em comissão mas eleitos da maioria estão dispostos a abster-se ou mesmo a votar contra, nota LE FIGARO.Em relação à actualidade internacional, o mesmo LE FIGARO, destaca Netanyahu, que renuncia ao acordo sobre os imigrantes africanos.Pressionado no seio da sua coligação, o primeiro ministro israelita abandonou o plano controverso concluído secretamente com a ONU, de expulsar imigrantes africanos ilegais para o Ruanda, com um subsídio de milhares de dólares, ou serem presos até aceitarem a primeira condição.Para complicar as coisas, Ruanda, acabou por dizer que não queria ser uma alternativa a uma prisão de africanos ilegais em Israel, sublinha, LE FIGARO.LE MONDE, destaca, a aposta de Erdogan em Putin para gerir o problema dos curdos. Durante a visita de 3 de abril de Putin a Ancara, Erdogan, declarou que se a Rússia não lhe tivesse aberto o espaço aéreo russo, os seus pilotos de caça não teriam podido chegar a Al-Baba e Afrin, para escoraçar a minoria curda turca.Por seu lado, Trump alimenta a indefinição sobre a presença americana na Síria, sabendo que a Casa Branca e o Pentágono têm posições divergentes sobre a retirada das forças americanas, acrescenta LE MONDE.Enfim, sobre o continente africano, na África do sul, primeira pena de prisão por insultos racistas, escreve LE MONDE, clarificando que desde o fim do apartheid, injúrias contra negros eram punidos apenas com multas.Vicki Momberg, acaba de ser condenada a 3 anos de prisão, dos quais 1 ano de pena suspensa e 2 de cadeia efectiva, por ter tratado um negro de kaffir, termo considerado injurioso e agressivo à dignidade humana, sublinha, LE MONDE.Senegal, Dacar sacrifica os seus pescadores a um projecto de central a carvão. Indústrias que contribuem para o aquecimento global concentram-se na costa litoral ameaçada pela erosão e donde são expulsos os pescadores e suas pirogas, acrescenta LE MONDE.
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