Alegado jihadista francês detido na Síria
Foi detido na Síria um alegado jihadista francês, supostamente membro da célula a que pertenceu o autor de um ataque em Toulouse, em 2012, e o francês que reivindicou, em nome do Estado Islâmico, os atentados de 13 de Novembro de 2015 em Paris.
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A detenção do alegado jihadista Thomas Barnouin e de outros franceses aconteceu na região de Hassaké, no nordeste da Síria, em meados de Dezembro e foi feita pelos combatentes curdos.
Thomas Barnouin , de 36 anos, já tinha sido detido pelo exército sírio, em 2006, com outro jihadista francês, Sabri Essid, quando viajavam para o Iraque para integrar o autoproclamado Estado Islâmico. Em 2007, ambos foram entregues às autoridades francesas e, em 2009, foram julgados e condenados no âmbito da célula jihadista de Artigat, a localidade do imã salafista, Olivier Carrel, apresentado como o mentor de Mohamed Merah, o autor dos ataques de Toulouse e Montauban em 2012, e de Fabien Clain, o francês que reivindicou, em nome do Estado Islâmico, os atentados de 13 de Novembro de 2015 em Paris.
Mesmo assim, em 2014, Thomas Barnouin e Sabri Essid conseguem ir para a Síria com familiares.
De acordo com o governo francês, desde 2014, cerca de 1700 franceses viajaram para o Iraque e para a Síria para integrarem o Estado Islâmico. 278 morreram e 302 regressaram a França, nomeadamente 58 crianças. Os restantes teriam sido capturados pelas forças que combatem os jihadistas, morreram em combate ou fugiram para outros territórios sob influência do Estado Islâmico. Algumas dezenas estão actualmente em prisões no Iraque e na Síria.
Três crianças repatriadas para França
Entretanto, três crianças, com idades entre 3 e 8 anos, filhas de um casal de jihadistas franceses, foram repatriadas, a 18 de Dezembro, do Iraque para França e colocadas em famílias de acolhimento. A mãe e um bebé de menos de um ano ficaram no Iraque e o pai teria morrido quando os jihadistas perderam o controlo da cidade de Mossul.
Em Novembro, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a decisão sobre as mulheres e crianças detidas no Iraque e na Síria seria feita “caso a caso”.
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