Caso Grégory: Juiz francês encontrado morto
O juiz francês Jean-Michel Lambert, o primeiro a instruir um caso por resolver há 30 anos, foi encontrado morto em casa. As primeiras informações apontam para um suicídio, de acordo com fontes judiciais.
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É mais um golpe num dos maiores fiascos judiciais da história de França, uma saga que dura há mais de 30 anos. O juiz Jean-Michel Lambert tinha sido o primeiro a instruir o dossier do homicídio de uma criança de quatro anos, Grégory Villemin, em 1984. Foi encontrado morto em casa, esta terça-feira, e as primeiras informações apontam para um suicídio, de acordo com fontes judiciais.
O juiz tinha 32 anos, era o seu primeiro cargo e foi muito criticado, acabando por ser afastado do dossier em 1987. Algo que o marcou ao ponto de ter afirmado, num livro, que tentaram fazer dele o bode expiatório.
Na altura, foi Jean-Michel Lambert quem revelou à imprensa as acusações da jovem Murielle Bolle, de 15 anos, que tinha apontado o cunhado Bernard Laroche como sendo o sequestrador da criança.
Porém, dias depois, a adolescente voltou atrás nas declarações. Entretanto, Bernard Laroche ficou em detenção três meses e acabou por ser libertado por falta de provas, vindo a ser assassinado, já em liberdade, pelo pai da criança.
Há cerca de um mês, o dossier foi reaberto, com um tio-avô e uma tia-avó a serem indiciados por rapto seguido de homicídio. Murielle Bolle também foi colocada sob custódia e constituída arguida com a mesma acusação.
No dia 28 de Julho, a justiça vai confrontar Murielle Bolle com o testemunho chave do primo que esteve na origem da sua detenção recente. O primo disse às autoridades que a jovem lhe teria confessado ter dito a verdade quando acusou o tio Bernard Laroche, apesar de depois ter voltado atrás no seu depoimento.
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