Racismo em França vai a tribunal
Quatro adeptos britânicos foram julgados esta terça-feira em Paris. Os homens foram acusados de violências racistas contra um franco-mauritaniano de 30 anos, que queria entrar no metro parisiense.
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A poucas horas do início de um jogo da Liga dos Campeões entre o Paris Saint-Germain e o Chelsea no Parque dos Príncipes, a 17 de Fevereiro de 2015, um grupo de adeptos do clube britânico barrou a entrada a um negro no metro e entoou cânticos racistas.
Quatro adeptos britânicos foram julgados em Paris por violências racistas. Dois dos quatro indiciados estiveram presentes no julgamento no tribunal parisiense e foram condenados a seis e oito meses de prisão com pena suspensa. Os outros dois arguidos foram condenados a um ano de prisão com pena suspensa. Os quatro indivíduos também foram condenados a indemnizar a vítima em 10 mil euros.
De notar que os quatro britânicos podiam ter sido condenados a sete anos de prisão e a 100 mil euros de multa pelas violências que foram agravadas pelo carácter racista.
O homem que foi agredido é franco-mauritaniano, tem trinta anos, e queria subir para uma das carruagens do metro parisiense, sendo empurrado duas vezes para fora da mesma. Souleymane Sylla afirmou à imprensa que nunca perdoaria esses actos.
Três dos quatro indiciado foram condenados em Julho de 2015, em Londres, a cinco anos de proibição de entrarem em estádios no Reino Unido e no estrangeiro.
Em Londres, o quarto indivíduo foi condenado a três anos de proibição por ter entoado o seguinte cântico: Somos racistas, somos racistas, e gostamos disso.
Na Inglaterra, um quinto adepto foi condenado, igualmente, a cinco anos de proibição de entrada em estádios de futebol.
O Chelsea, o clube inglês, proibiu a entrada, a título vitalício, desses adeptos no estádio da equipa, Stamford Bridge.
Ouça a crónica sobre o julgamento.
Crónica de Marco Martins
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