Hollande quer o fim do campo de migrantes de Calais
O presidente francês François Hollande está hoje na cidade francesa de Calais. O chefe de Estado anunciou que o desmantelamento definitivo do maior campo de migrantes em França, conhecido por "selva" de Calais, deverá ser acabado antes do fim do ano.
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François Hollande esteve na manhã do dia 26 de setembro na cidade francesa de Calais, principal porto de embarque para o Reino Unido.
Esta característica única, leva muitos dos migrantes que tentam acceder ao território britânico a ficar na cidade nortenha, sobretudo na famosa "selva", um bairro da lata que acolhe pelo menos 7000 indivíduos.
A visita do chefe de Estado acontece num contexto muito tenso, depois do governo francês ter anunciado a construção dum muro de betão para proteger os camiões, que entram no porto rumo a cidade inglesa de Dover, das tentativas de intrusão dos migrantes que residam em Calais.
O candidato as primàrias de direita Nicolas Sarkozy, também esteve no local a 21 de setembro, onde criou polémica depois ter declarado que "a questão [do desmantelamento] era de evitar que as fronteiras francesas se tornassam peneiras e que acabemos submersos [pelo fluxo de migrantes]."
Uma atitude que o presidente francês criticou logo quando chegou, convencido que "é possível chamar as pessoas a razão", porque "alem dos excessos políticos e do ruido mediático, ainda é possível explicar algo".
Logo de seguida, François Hollande anunciou que "o governo prepara o desmantelamento do campo da charneca de Calais [também conhecido como selva de Calais] e que o processos irá até ao fim".
Uma forma de responder aos protestos dos habitantes da região de Calais que se manifestaram no dia 5 de setembro passado em acções de bloqueios, a vontade de accelerar a destruição do campo.
O chefe de Estado também insistiu na forma do processo de desmantelamento, que se quer progressivo, pragmático, e em paralelo a construção de centros de acolhimento dos migrantes sobre o território francês.
François Hollande explicou que "não vamos, para desmantelar um campo de 7000 pessoas, multiplicar os campos em todo o território. Serão verdadeiros centros, em duro, limitados a 40 a 50 pessoas, capazes de fornecer apoio para os processos administrativos. E isto que é digno, o que é firmo para que a França possa assegurar os seus deveres."
Por fim, o presidente francês pediu aos britânicos para "assumiram as suas responsabilidades nos esforço humanitário que a França está a fazer e continuará a fazer amanhã" para evacuar o campo.
Confira aqui a declaração de François Hollande.
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