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France

Fotografar guerras e conflitos sociais no Festival de Perpignan

Segundo dia do festival internacional de fotojornalismo de Perpignan, no sul de França, no seu vigésimo oitavo ano de existência, tendo nos diferentes palcos de exposições, fotos de guerras no Iraque, Afeganistão ou confitos sociais como no Brasil.

Exposição em Perpignan, Sul de França.
Exposição em Perpignan, Sul de França. João Matos/RFI
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Mais um dia ensolarado, em Perpignan, cidade do sul da França, que vive o segundo dia, do seu festival internacional de Fotojornalismo, acontecimento impar no mundo, que já vai nos seus 28 anos de existência.

Num mundo de guerras e conflitos de toda a espécie, destacamos hoje, a fotografia do homem em primeiro plano deste artigo, entre centenas de outras, expostas em vários salões e museus, nomeadamente, no Convento dos Mínimos, de Perpignan, transformado, num museu.

O homem ferido durante bombardeamentos de aviões americanos, sobre Afeganistão, em 2013, em Kunduz,  viria a morrer, posteriormente, depois de uma tentativa de operação cirúrgica, deitado num estrado que fazia de sala de operação, mas que, na realidade, parece ser mais uma sala de torturas do que outra coisa.

A foto é do fotojornalista, Andrew Quilt, da agência VU e faz parte dos trabalhos fotográficos que vem fazendo desde 2013, no Afeganistão, depois da operação "Liberdade imutável", lançada pelos americanos, no Afeganistão, logo a seguir, aos atentados do 11 de setembro de 2001, contra as Torres gémeas de Nova Iorque.

Entretanto, para além de Kunduz, onde os bombardeamentos americanos, fizeram então, contra o hospital dos Médicos sem fronteiras, matando, 42 pessoas, entre elas o homem "torturado" da foto acima destacada, outras guerras surgiram ou pioraram, um pouco por todo lado, no Médio Oriente, como a Síria e Iraque, mas, também, em África, nomeadamente, no Mali, Nigéria ou Líbia, com suas histórias contadas, neste festival de fotografia.

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Crónica de João Matos

 

Exposição em Perpignan, Sul de França.
Exposição em Perpignan, Sul de França. João Matos/RFI

Inúmeros são também os conflitos, nomeadamente, sociais, que a par das fotos de guerras, estão igualmente retratados e expostos em foto, no Convento dos Mínimos de Perpignan.

Entre esses conflitos, o drama de 300 famílias pobres das favelas do Rio de Janeiro, ou simplesmente, desalojadas, que ocuparam o esqueleto daquilo que devia ser um gigantesco edifício de vários prédios, onde vivem deitados por terra, sem canalização de água corrente, ao ar livre, pois não há portas nem janelas.

Ao projecto foi dado o nome pelos próprios favelados de Copacabana Palace, alusão ao hotel de luxo, não muito longe, desta tragédia humana, no Rio de Janeiro, nome que recuperaria o fotojornalista alemão, Peter Bauza, para aquilo que seria uma reportagem fotográfica, com 36 quadros expostos, no Festival de Perpignan.

Oiçamos um extracto, da reportagem que fizemos com o autor, Peter Bauza, que viveu 3 anos e meio, no Brasil, um dos quais, dedicado totalmente, a esta obra fotográfica, que já está em livro e documentário e de que vos falaremos, mais longamente, num dos nossos próximos magazines.

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Peter Bauza, fotojornalista alemão

 

O nosso enviado especial, João Matos (esquerda) e Peter Bauza, fotojornalista alemão (direita)
O nosso enviado especial, João Matos (esquerda) e Peter Bauza, fotojornalista alemão (direita) João Matos/RFI

 

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