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FRANÇA

França: Atentado mata pelo menos 84 pessoas em Nice

Pelo menos 84 pessoas morreram na noite de 14 de Julho em Nice, sul da França, quando um camião atropelou voluntariamente dezenas de populares que tinham assistido a um espectáculo de fogo de artifício. O condutor foi abatido pela polícia. O presidente François Hollande decidiu prolongar por mais três meses o estado de emergência.

Camião que atropelou a multidão em Nice.
Camião que atropelou a multidão em Nice. Reuters
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O camião fora alugado por um cidadão de 31 anos nascido na Tunísia, residente nesta região do sul da França, e conhecido pela polícia por actos de delinquência, sem qualquer ligação até então a actos terroristas.

O atentado não foi até agora reivindicado.

Tudo aconteceu por volta das 23 horas locais quando o camião avançou sobre a multidão concentrada na marginal de Nice, importante cidade turística francesa, acabando por atropelar ao longo de dois quilómetros os populares que ali se encontravam.

Para além de pelo menos 84 mortos dezenas de pessoas ficaram ainda feridas e 18 ainda se encontram em estado de emergência absoluta.

O condutor do camião disparou também no local antes de ser abatido pela polícia.

Uma rusga teve lugar esta manhã no domicílio do franco-tunisino que conduzia o veículo.

O chefe de Estado François Hollande alegou que neste "ataque o carácter terrorista não podia ser negado".

Foi decretado um luto nacional de três dias em França, a partir deste sábado, 16 de Julho.

Um projecto de lei será submetido ao parlamento na próxima semana visando prolongar o estado de emergência, em vigor, que deveria, porém, ser brevemente levantado, afirmaram as autoridades.

O presidente da república, o primeiro-ministro deslocam-se hoje à cidade de Nice onde já se encontram os ministros da administração interna e da saúde.

O plano Vigipirate, de luta anti-terrorista, foi accionado no nível máximo "alerta atentado", no distrito de Alpes maritimes, que engloba a cidade de Nice.

Oito meses após os atentados mais mortíferos alguma vez cometidos em França, em Paris, a 13 de Novembro, que tinham provocado a morte a 130 pessoas a investigação deve ainda determinar se o condutor do camião agiu isolado.

A carnificina de Nice não foi até agora reivindicada, mas a forma como foi perpetrada leva os especialistas anti-terroristas a suspeitar de grupos terroristas islâmicos como Al Quaeda ou o autoproclamado Estado Islâmico.

Numa mensagem sonora difundida em 2014 o porta-voz oficial desta última organização, El Abou Mohammed Al Adnani, apelara os "soldados do califado" a utilizar quaisquer armas ao seu alcance. "Se não podem accionar uma bomba ou disparar uma bala desenrasquem-se, atropelem-nos com o vosso carro", afirmara ele.

A 13 de Junho nos arredores de Paris um polícia e a respectiva esposa foram mortos com uma navalha pelo jihadista Larossi Aballa.

As intervenções militares francesas no Iraque, na Síria e no Sahel têm sido amplamente criticadas pela autodesignado Estado Islâmico que sempre ameaçou fazer pagar à França esse activismo bélico contra estes alvos.

O ataque de Nice foi condenado à escala mundial.

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