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FRANÇA

Ataque contra Charlie Hebdo foi há um ano

O massacre na redacção do jornal satírico Charlie Hebdo aconteceu há precisamente um ano em Paris. 12 pessoas morreram, entre os quais 8 jornalistas da publicação.

François Hollande recolhe-se perante uma das duas placas comemorativas do ataque contra Charlie Hebdo
François Hollande recolhe-se perante uma das duas placas comemorativas do ataque contra Charlie Hebdo REUTERS/Benoit Tessier
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Como todas as quartas-feiras pelas dez horas tinha lugar a reunião editorial na redacção do Charlie Hebdo, na rua Nicolas Appert, em Paris.

Pelas 11:30 a cartoonista Corinne Rey, mais conhecida por Coco... chega atrasada, com a filha ao colo.

Ela é abordada por três homens armados que a obrigam a digitar o código de segurança para entrar no edifício.

Sobem ao segundo andar, e começam a disparar enquanto gritam "Deus é grande".

12 pessoas foram mortas: cinco cartoonistas, dois colunistas, um jornalista da redacção, um convidado, um empregado de limpeza e um polícia que garantia a segurança do jornal.

Esta manhã fomos até ao local onde tudo aconteceu no 7 de Janeiro de 2015 e falámos com Michel, um empregado na Rexel, loja situada na alameda Richard Lenoir que descreveu o que viveu há precisamente um ano.

"Demo-nos conta porque houve pessoas que entraram na loja dizendo -Deitem-se no chão porque estão a disparar ! Ao início com os colegas tivemos dificuldade em acreditar. Na altura o que ouvíamos parecia-se mais com tábuas que estalavam. Nunca imaginámos isto !"

Como a pessoa que se deitou no chão por detrás da loja estava de tal forma pálida... e a seguir vimos outras a chegarem... aí começámo-nos a interrogar sobre o que seria mesmo. Houve um senhor que caíu em frente à loja, cheio de sangue, com uma crise de pânico. Depois chegou a cavalaria, mais a polícia e todo o dispositivo: camiões enormes, as ambulâncias...

Na altura não nos apercebemos do que era exactamente. Pensámos mais num assalto que neste tipo de coisa. Tanto mais que nem sabíamos que o Charlie Hebdo estava ali instalado ao lado. E, no entanto, passamos todos os dias por ali. E eu até gosto muito desta zona com uma sala de teatro, é uma área agradável, ninguém podia imaginar aquilo !"

Depois do massacre à redacção de Charlie Hebdo, os terroristas partem em fuga... e pelo caminho, matam um polícia que passava na rua.

Começa então uma perseguição policial aos dois irmãos Kouachi, que só termina dois dias depois com os dois homens a serem mortos pela polícia depois de se terem refugiado numa gráfica a norte de Paris
 

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