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França/Terrorismo

Franceses chocados com vídeo do atentado programam vigílias

Um vídeo amador com imagens da fuga dos autores do atentado contra a sede do jornal Charlie Hebdo choca os franceses pela frieza dos criminosos. Eles aparecem executando um policial a sangue frio. Uma série de vigílias em homenagem aos 12 mortos e sete feridos no ataque serão realizadas, nesta quarta-feira (7), nas principais cidades francesas.

O chargista de Charlie Hebdo Jean Cabu, morto no atentado, em imagem de março de 2006.
O chargista de Charlie Hebdo Jean Cabu, morto no atentado, em imagem de março de 2006. AFP PHOTO / JOEL SAGET
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O vídeo exibe os criminosos entrando no carro da fuga, um Clio preto,  guiado por um comparsa que os esperava na rua. Os dois homens encapuzados entram no carro, que avança, mas é surpreendido por uma carro da polícia que chega na contramão. Os dois homens descem do carro e dão vários disparos na direção da viatura de polícia. Na sequência, vê-se um policial ferido, caído no chão. Os agressores se aproximam e perguntam ao policial: "você queria nos matar?" O policial ainda responde: "está bem, chefe", antes de receber uma bala na cabeça.

A frieza dos autores do atentado causa revolta nos franceses. Os canais de TV preferem não exibir o vídeo completo por causa da violência da ação. Mas exibem a parte em que os atiradores retornam para o carro, depois de matar o policial à queima roupa, e dizem: "nós vingamos o profeta; matamos Charlie Hebdo".

Vigílias

O atentado contra a redação do jornal satírico abalou profundamente a imprensa francesa. O massacre em uma redação é considerado uma agressão sem precedentes à liberdade de expressão no país.

Rádios, canais de televisão, sites, revistas e jornais reforçaram a segurança de suas redações e programam homenagens aos colegas assassinados. Vigílias noturnas e minutos de silêncio estão sendo organizados nas principais cidades francesas.

Em Paris, uma vigília noturna de repúdio ao ataque está programada para 19h (horário local) na praça da República. A manifestação batizada de "Marcha dos Republicanos" foi convocada por sindicatos e o Partido Socialista. 

 

 

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