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França/Transportes

Taxistas parisienses se mobilizam em protesto contra o Uber

Taxistas parisienses promoveram uma "operação tartaruga", nesta segunda-feira (15), nos dois aeroportos da capital francesa. O movimento provocou congestionamentos nas principais vias de acesso à capital. Os taxistas protestam contra o aplicativo Uber, que permite a um cliente chamar um motorista com carro particular, a preço menor do que uma corrida de táxi comum. Para os taxistas, essa concorrência é desleal.

Mobilização dos taxistas parisienses nesta segunda-feira (15) contra o aplicativo Uber.
Mobilização dos taxistas parisienses nesta segunda-feira (15) contra o aplicativo Uber. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Reunidos desde as 5 horas da manhã, cerca de 100 motoristas de táxi no aeroporto Charles de Gaulle e 50 em Orly fizeram um buzinaço em direção à capital. A duas carreatas foram convocadas por três associações de taxistas e se dirigiram para o centro de Paris.

Os congestionamentos registrados na entrada e nos arredores da capital foram considerados normais para o horário. A dispersão do movimento está prevista para as 17 horas.

Uma fonte dos serviços aeroportuários afirmou que a mobilização não foi tão grande como a verificada em protestos anteriores porque os principais sindicatos da categoria não participaram da convocação.

Um porta-voz de uma das associações organizadoras do protesto disse que o dia de hoje é de "sensibilização" da sociedade e não de bloqueio.

Multas e processos

Este novo protesto é mais um episódio da guerra declarada entre os taxistas franceses e o aplicativo Uber. Na sexta-feira, o Tribunal de Comércio de Paris recusou a proibição do serviço UberPOP, que coloca em contato passageiros e motoristas não profissionais. O Tribunal estimou que não poderia se pronunciar porque os decretos de aplicação da Lei Thévenoud, regulamentando as atividades dos táxis e dos chamados VTCs (Veículo de Turismo com Chofer), não haviam sido publicados.

Em fevereiro, o UberPOP acrescentou ao mercado francês uma plataforma eletrônica em celulares que serve de intermediária entre os clientes e motoristas particulares. O presidente do sindicato Táxis da França denuncia que a autorização do UberPOP prejudica o trabalho de 57 mil taxistas cadastrados.

Governo promete regulamentação em janeiro

O governo francês anunciou nesta segunda-feira que a lei proibindo o trabalho de motoristas não profissionais vai ser publicada na França a partir de 1° de janeiro. O contato entre clientes e motoristas não profissionais como o sistema UberPOP poderá ser punido com dois anos de prisão e € 300 mil de multa (cerca de R$ 900 mil reais).

A filial francesa do Uber foi condenada em outubro a uma multa de € 100 mil, algo em torno de R$ 300 mil reais, por "práticas comerciais enganosas". A empresa apresentou o aplicativo UberPOP como um sistema de caronas. A direção da companhia recorreu da decisão e continua a oferecer seus serviços no país.

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