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França/Greve

Greve perturba o tráfego ferroviário na França

Os ferroviários franceses estão em greve nesta quarta-feira (11). O movimento contra o projeto de reforma do setor começou ontem (10) e perturba o tráfego ferroviário, principalmente na região parisiense.

Dois terços dos trens suburbanos não circulam e ficaram estacionados nas estações nesta quarta-feira (11).
Dois terços dos trens suburbanos não circulam e ficaram estacionados nas estações nesta quarta-feira (11). REUTERS/Christian Hartmann
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Os ferroviários franceses cruzaram os braços desde a noite de terça-feira para protestar contra a reforma do setor, que será debatida na semana que vem pelo Parlamento. O projeto do governo prevê a fusão das duas empresas que administram a rede ferroviária francesa, visando estabilizar a dívida do setor, atualmente em € 44 bilhões (cerca de 120 milhões de reais), e preparar sua abertura total à concorrência.

Mobilização

Mais de 50% dos ferroviários estão em greve, estima o principal sindicato da categoria. Já a estatal SNCF afirma que esta manhã apenas 27,84% dos trabalhadores de toda a empresa cruzaram os braços, sem dar detalhes sobre a mobilização por categoria. Segundo os sindicatos, condutores e controladores são as duas categorias mais mobilizadas contra o projeto de reforma.

Apesar da guerra de números, o movimento perturba fortemente o tráfego ferroviário. Concretamente, isso significa que um em cada dois trens-bala circulam em direção ao norte e leste da França e apenas um em cada três em direção ao oeste e sudeste. Na região parisiense, os passageiros têm que ter muita paciência. Apenas 30% dos trens suburbanos estão circulando e super lotados. Para piorar a situação, os táxis parisienses também fazem greve nesta quarta-feira.

A paralisação ainda afeta os trens internacionais que ligam a França à Bélgica e à Espanha. Já os trens-bala para Londres e Alemanha circulam normalmente.

Os ferroviários franceses votaram hoje a continuidade da greve por mais 24 horas e ameaçam continuar o movimento por tempo indeterminado se o governo não atender as reivindicações. Eles afirmam que a proposta governamental não vai solucionar o problema do endividamento do setor e pedem uma reunificação total das duas estatais.

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