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Política/ imigração

França quer expulsar imigrantes criminosos

Os estrangeiros seguem a cada dia mais na mira do governo do presidente francês, Nicolas Sarkozy. O ministro do Interior, Claude Guéant, anunciou ontem que deseja aprovar, se possível antes das eleições na França, em maio, novas medidas para expulsar imigrantes do país. Desta vez, o novo argumento do governo é a criminalidade cometida pelas pessoas que moram na França há pouco tempo e que não têm laços familiares no país.

O ministro do Interior, Claude Guéant, fecha o cerco contra os imigrantes na França.
O ministro do Interior, Claude Guéant, fecha o cerco contra os imigrantes na França. REUTERS/Charles Platiau
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Guéant, a prática de crimes seria uma prova de que alguns estrangeiros não estão “se adaptando ao processo de integração” na vida francesa e, por isso, devem se submeter a "regras específicas" quando praticam delitos, diferentes das aplicadas aos criminosos locais. A proposta é que, nestes casos, o direito de permanência na França seja condicionado à ficha limpa na polícia.

Conforme o ministro, o índice de criminalidade entre os imigrantes é superior à média nacional. Ele esclareceu que não se trata de adotar dois regimes distintos de Justiça e assegurou que as pessoas que residem há mais de um ano no país e possuem família permanecerão submetidas ao mesmo sistema que os franceses.

"É normal que, em função da gravidade dos atos cometidos, um indivíduo culpado de crimes seja privado da autorização de permanência no nosso país", justificou Guéant, em entrevista ao canal France 2.

Na última polêmica envolvendo estrangeiros e criminalidade, o ministro francês chegou a ser advertido pela Comissão europeia, depois de ter associado o aumento da violência no país à elevação do número de imigrantes ciganos do leste europeu. Atualmente, a França vive ainda outra controvérsia a respeito da imigração: o governo decidiu dificultar a obtenção de vistos de trabalho para estudantes estrangeiros que fizeram cursos superiores no país.

Essas medidas são vistas como parte da campanha pré-eleitoral de Sarkozy: o presidente deseja, desta forma, agradar ao eleitorado da extrema-direita francesa, contrária à imigração.

 

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