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Caso Strauss-Kahn

Governo francês nega novas acusações de complô contra DSK

O ministro do Interior francês, Claude Guéant, rejeitou neste domingo novas acusações de que o partido do presidente Nicolas Sarkozy, UMP, possa estar por trás de um complô contra o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, no caso de agressão sexual a uma camareira do hotel Sofitel de Nova York.

Claude Guéant qualificou as acusações de "fantasiosas".
Claude Guéant qualificou as acusações de "fantasiosas". REUTERS/Charles Platiau
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Guéant reagiu a uma matéria investigativa de um jornalista americano que afirma que houve um golpe contra o francês - na época, em maio, ele era apontado pelas pesquisas pré-eleitorais para a presidência da França como o favorito para bater Sarkozy nas urnas.

"Li a matéria do jornalista (Edward) Epstein. Mas o que ele diz? Que DSK perdeu seu telefone. O fato de o celular ter sumido não quer dizer que houve um complô", disse Guéant à imprensa francesa. O jornalista afirma ainda que o smartphone de DSK pode ter sido grampeado.

Na matéria publicada pela revista New York Review of Books, Epstein dá detalhes do que teria acontecido no dia 14 de maio, no hotel Sofitel de Manhattan, onde Strauss-Kahn foi acusado de ter agredido sexualmente a camareira Nafissatou Diallo, quando se encontrava no auge da preferência dos eleitores para a eleição presidencial francesa de 2012.

O jornalista afirma que Strauss-Kahn foi advertido por uma amiga nesta mesma manhã de que seu telefone celular provavelmente havia sido grampeado e que uma de suas mensagens particulares havia sido lida na UMP, o partido de Sarkozy. Epstein afirma que esse telefone sumiu e nunca mais foi encontrado, e que dois homens do Sofitel, filmados por câmeras de vigilância do hotel, teriam comemorado ostensivamente "durante três minutos" o que teria ocorrido com o ex-ministro socialista e ex-diretor do FMI.

"Posso assegurar que essas duas pessoas não eram policiais franceses", disse o ministro do Interior. "Tudo isso é fantasioso e considero que é algo extraordinário (...) Eu digo que se há alguém que acredita que houve um complô, que apresente uma queixa ante a Justiça e acabemos com as suposições e rumores", disse Gueant.

Em uma entrevista concedida à AFP no sábado, Epstein se disse convencido de que houve uma tentativa para "fazer fracassar" a candidatura de Dominique Strauss-Kahn à presidência, mas o jornalista não quis classificar o que houve como um "complô político" totalmente montado.

Hotel também nega

De sua parte, a rede de hotéis Sofitel publicou neste domingo uma declaração sobre a investigação do jornalista americano. "Na realidade, o momento de celebração dos dois funcionários durou 8 segundos, sem que nenhum 'extraordinário baile festivo' tenha sido constatado", disse a rede de hotéis de luxo.

Epstein questionou, em seu artigo, o por que dessa comemoração, que, segundo ele, foi realizada por um chefe dos serviços técnicos do hotel. "Os dois empregados interrogados negaram categoricamente que esta manifestação tivesse algum vínculo com Strauss-Kahn", disse o Sofitel em um comunicado.

O jornalista afirma que a camareira entrou várias vezes no quarto 2820, situado no mesmo piso que o quarto de Strauss-Kahn, antes e depois da relação sexual com o ex-diretor do FMI. Epstein cogita a possível presença de outras pessoas neste quarto e traz questões sobre quem seriam essas pessoas e o que faziam ali. Segundo o Sofitel, o registro do referido quarto indica que o cliente que o alugou fez o pagamento às 11h36 e que a camareira limpou o local logo depois.
 

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