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Aniversário/ Guerra

Sem soldados vivos, França comemora fim da Primeira Guerra

Sem a presença do último combatente francês na Primeira Guerra Mundial, que morreu no ano passado, a França comemora hoje os 93 anos do fim do conflito com a inauguração do Museu da Grande Guerra, em Meaux, perto de Paris. O estabelecimento, construído sobre o local onde ocorreu a Batalha da Marne, uma das mais sangrentas da guerra, celebra a paz em um espaço futurista.

No Arco do Triunfo, em Paris, Nicolas Sarkozy dá a mão a filhos de soldados mortos no Afeganistão.
No Arco do Triunfo, em Paris, Nicolas Sarkozy dá a mão a filhos de soldados mortos no Afeganistão. REUTERS/Philippe Wojazer
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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, participou da inauguração do local, que abriga 50 mil objetos, uniformes, peças de armas e documentos, reunidos ao longo dos últimos 40 anos em feiras e leilões pelo historiador Jean-Pierre Verney, um dos maiores especialistas sobre a Primeira Guerra.

As homenagens aos combatentes começaram no Arco do Triunfo, na capital francesa. Foi a primeira cerimônia em que não houve a participação de um “poilu” (peludo, como ficaram conhecidos os soldados que lutaram no conflito), agora que todos os combatentes franceses faleceram. Sarkozy preferiu homenagear, então, todos os soldados mortos pela França e fez uma lembrança especial aos 24 mortos ao longo do último ano, no Afeganistão. Todos os ministros do governo também participaram das celebrações, nesta sexta-feira que é feriado na França e em vários outros países da Europa para comemorar o armistício de 11 de novembro de 1918.

A tarde, o presidente foi ao Museu da Grande Guerra, construído com concreto, aço e vidro e desenhado pelo arquiteto Christophe Lab. O diferencial do projeto é que não se trata de um museu militar como os outros do país, mas aborda as causas e consequências políticas do conflito, que deixou 8 milhões de mortos, a vida pessoal dos soldados e a destruição das populações civis atingidas pelos combates.

“Vamos tocar no sentimento do visitante, levando-o para uma trincheira, por exemplo, onde ele vai ver as imagens, o frio, o confinamento, o medo, a noite”, comentou Michel Rouger, diretor do museu.
 

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