Ex-presidente Chirac não vai assistir a seu julgamento por razões de saúde
O ex-presidente Jacques Chirac não vai participar de seu julgamento por empregos fantasmas, que tem início na próxima segunda-feira, em Paris. Em uma carta enviada a um tribunal de Paris, Chirac afirma que não tem condições de participar das audiências por motivos médicos.
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Em uma carta enviada ao tribunal, o ex-presidente de 78 anos reconhece que não tem mais capacidade para seguir as audiências, mas afirma desejar que o processo prossiga até o fim. Ele diz também estar disposto a assumir sua própria responsabilidade no caso e pede que seus advogados o representem diante da justiça.
Segundo o laudo médico enviado junto com a carta, Chirac se encontra em um estado de "vulnerabilidade que não lhe permite responder a todas as questões sobre seu passado". Familiares do ex-presidente afirmam que seu estado de saúde piorou nos últimos meses. "Nessas condições, sua presença nas audiências não pode ser feita em condições humanas e de dignidade. Ele não tem mais memória para isso", disse à agência France Presse o genro de Chirac, Frédéric Salat-Baroux.
Há meses a saúde do ex-presidente é objeto de rumores e especulações. Em janeiro, um jornal francês chegou a afirmar que ele sofria da doença de Alzheimer. Diversos amigos que o visitaram recentemente afirmam que Chirac sofre de lapsos de memória e tem dificuldades para empregar bem as palavras.
O ex-presidente Chirac, que governou a França entre 1995 e 2007, vai responder a acusações de "desvio de fundos", "abuso de confiança" e "conflito de interesses" por ter facilitado a criação de empregos fantasmas quando foi prefeito de Paris, no início dos anos 90.
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