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FMI/Sucessão

Inquérito judicial pode comprometer candidatura de Lagarde ao FMI

A ministra francesa da economia Christine Lagarde continua a intensa campanha em busca de apoio a sua candidatura ao cargo de diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional. Nesta sexta-feira, foi a Lisboa conseguiu convencer os líderes africanos reunidos em Lisboa a apoiá-la, mas a candidatura de Lagarde pode ser comprometida por um eventual processo judicial contra ela por abuso de poder.

A ministra francesa da economia, Christine Lagarde, em Lisboa nesta sexta-feira, 10 de junho.
A ministra francesa da economia, Christine Lagarde, em Lisboa nesta sexta-feira, 10 de junho. Reuters
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Neste último dia para a inscrição das candidaturas ao cargo de diretor-gerente do FMI, a ministra francesa da economia Christine Lagarde tem um dia importante na sua campanha. Após um giro pelas principais potências emergentes, Brasil, Índia e China, Lagarde foi hoje em Lisboa para se encontrar com líderes africanos reunidos na assembleia anual do Banco Africano de Desenvolvimento. A União Africana havia dito estava na hora de um não europeu assumir o Fundo, mas hoje o ministro congolês da Economia, Matta Mapon, anunciou o apoio do bloco africano à candidatura da francesa.

Mas o grande obstáculo para a ministra poderá ser a decisão da Corte de Justiça da República (CJR) na França sobre uma acusação de abuso de poder contra Lagarde. Os juízes se reuniram na manhã desta sexta-feira para decidir se instauram um processo contra a ministra da economia.

Lagarde é acusada de ter favorecido Bernard Tapie no litígio entre o empresário e ex-ministro e o banco Crédit Lyonnais envolvendo a venda da marca Adidas, em 1993. O estado indenizou Tapie com 285 milhões de euros. A Corte francesa ira anunciar sua decisão em 8 de julho, mas se o processo for instaurado, a candidatura de Lagarde ao FMI poderia ficar comprometida.

A ministra da economia francesa é considera a favorita a sucessão do também francês Strauss-Kahn na chefia do Fundo Monetário Internacional. Strauss-Kahn pediu demissão do cargo em meados de maio, após ter sido acusado de tentativa de estupro em Nova York. Além de Lagarde, o mexicano Agustin Carstens e o cazaque Grigori Martchenko, são por enquanto os candidatos declarados ao FMI.
 

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