UE aprova um plano de investimentos ambicioso para o bloco
O último encontro do ano dos líderes da União Europeia terminou mais cedo que o previsto. Reunidos na quinta-feira (18), em Bruxelas, os líderes do bloco aprovaram tarde da noite, no horário local, um acordo sobre a pauta em discussão. A principal medida adotada foi o pacote de investimentos de € 315 bilhões (R$ 1 trilhão) da Comissão Europeia, o chamado plano Juncker.
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O plano será sustentado por um fundo de garantia para investimentos alimentado pelo orçamento europeu e o braço financeiro do bloco, o Banco Europeu de Investimentos (BEI). A maior parte dos recursos virá do setor privado. Com os orçamentos apertados por causa dos ajustes para reduzir o déficit público, os países europeus que fizerem investimentos poderão deduzir os valores do cálculo do déficit.
Para a cúpula de fevereiro, os países membros esperam que os detalhes sobre o funcionamento desse plano, tais como as regras de funcionamento do fundo, fiquem mais claros. “Esse plano de investimentos deve, a partir de agora, ter projetos concretos”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel.
O presidente da França, François Hollande, disse estar interessado no sucesso desse plano para que “no nosso próprio país haja mais investimento e mais apoio ao crescimento”, avaliou.
Bloco aprova sanções contra a Crimeia
Os europeus também decidiram, por enquanto, não adotar novas sanções contra a Rússia por seu envolvimento no conflito na Ucrânia, mas aconselharam o presidente Vladimir Putin a mudar radicalmente de atitude em relação ao mundo.
O novo presidente do Conselho Europeu, o polonês Donald Tusk, disse que a União Europeia vai se dotar de uma estratégia de "longo prazo" em relação à Rússia, que vá além de medidas defensivas. Por outro lado, os líderes dos 28 países do bloco aprovaram sanções contra a Crimeia, elaboradas há mais de um mês. De agora em diante estão proibidos investimentos europeus na península ucraniana anexada, neste ano, pela Rússia.
O bloco aprovou ainda ajuda humanitária e econômica a Kiev, mas condicionou os repasses à adoção de reformas pelo governo ucraniano.
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