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Espaço/Tecnologia

Europa vai construir o sexto modelo do icônico foguete Ariane

Ainda sob o efeito da bem sucedida missão da sonda espacial Rosetta, os países europeus que compõem o projeto espacial do continente firmaram um acordo, nesta terça-feira (2), para construir o sexto modelo do seu principal foguete, o Ariane. O lançador de satélites estará em operação em 2020, quando aposentará o atual Ariane 5, desenvolvido em 1987. O investimento inclui a construção de uma nova área de lançamento na base espacial da Guiana Francesa.

Imagens de simulação do futuro foguete Ariane 6.
Imagens de simulação do futuro foguete Ariane 6. Copyright ESA–D. Ducros, 2014
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Os foguetes da série Ariane, lançados há 35 anos a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, se tornaram a vedete da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), dominando atualmente mais de 50% do mercado comercial de lançamento de satélites. A decisão dos países europeus de levar adiante o projeto foi considerada histórica pela ministra francesa do Ensino Superior e Pesquisa, Geneviève Fioraso, que ressaltou também a importância do Ariane para a indústria e para a geração de empregos no continente.

Reunidos em Luxemburgo, os ministros europeus dos 20 países membros da ESA - aos quais se somou o Canadá - se comprometeram a cumprir um orçamento global para seus foguetes lançadores de € 8 bilhões em 10 anos. A metade deste valor será destinada ao Ariane 6. O montante inclui a construção da nova plataforma de lançamento.

Ariane ameaçado pelo Falcon

A França entrará com 52% do valor, seguida pela Alemanha, que será responsável por 22% do financiamento do projeto. O ministro alemão Brigitte Zypries também disse que seu país está satisfeito com o acordo, porque ele seria bom para a geração de empregos na indústria.

O projeto Ariane já teve várias versões. O atual, Ariane 5, projetado em 1987 e lançado desde 1996, teve um começo difícil, mas hoje é considerado um sucesso, contando 62 lançamentos bem sucedidos em sequência.

A decisão de lançar o modelo 6 do foguete também surge para enfrentar um setor de grande concorrência. Apesar de ter conquistado uma grande fatia do mercado, o Ariane é seguido de perto pelo modelo Falcon, da empresa americana SpaceX, que pratica uma política de preços bastante agressiva, além de novos concorrentes asiáticos.

Modulável em duas versões – uma leve com dois propulsores e outra pesada com quatro -, Ariane 6 será adaptado para as necessidades institucionais, como satélites científicos e sondas espaciais, mas também aos vôos comerciais, para lançar satélites de telecomunicação ou de televisão. O preço por lançamento do Ariane 6, levando dois satélites por vez, ficará ao redor de € 90 milhões, considerando as condições atuais do mercado.

Os ministros reunidos que firmaram o acordo do novo foguete também se manifestaram pela continuação da participação européia na Estação Espacial Internacional até 2020, se comprometendo a investir € 800 milhões.

 

VIDEO: Entenda como são construídos os foguetes europeus.

 

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