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Ucrânia/Eleições

Em plena crise, Ucrânia encerra campanha para eleições antecipadas

Nesta sexta-feira (24), a Ucrânia acaba a campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de domingo (26), em que os pró-ocidentais esperam reforçar o seu poder. No leste separatista pró-Rússia, a crise continua.

O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, espera vencer as eleições para fazer as reformas que o país exige.
O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, espera vencer as eleições para fazer as reformas que o país exige. REUTERS/Valentyn Ogirenko
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As eleições antecipadas de domingo acontecem em um contexto complicado. Em março, a ex-República soviética perdeu a Crimeia, anexada pela Rússia, e atualmente enfrenta uma revolta do exército pró-russo na região mineira de Donbass. O conflito já matou 3.700 pessoas desde meados de abril. O presidente ucraniano Petro Porochenko minimiza a duração da rebelião e afirma que a região de Donbass não poderá sobreviver sem a Ucrânia.

O processo de paz lançado por Porochenko não conseguiu pôr fim aos combates entre pró-russos e separatistas que controlam uma parte das regiões de Donetsk e Lugansk; eles até marcaram suas próprias eleições para o dia 2 de novembro.

Um cessar-fogo foi concluído no começo de setembro entre o poder ucraniano e os rebeldes, com a participação da Rússia. No entanto, os combates continuaram em diversos bolsões de resistência, provocando a morte de um grande número de civis.

Fuga em massa

Quase 824 mil pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas na Ucrânia por causa dos combates violentos, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Desse total, 430 mil pessoas se deslocaram dentro do país, 387 mil fugiram para a Rússia e 6.600 pediram asilo na União Europeia.

Eleições

O presidente Petro Porochenko, em sua conta Twitter, pediu para os ucranianos votarem em massa "para acabar a formação de um novo poder iniciado em junho", referindo-se à sua posse após a fuga do ex-presidente pró-russo Viktor Ianoukovitch, escondido na Rússia desde fevereiro deste ano.

O movimento do presidente está à frente nas pesquisas, com mais de 30% de intenções de voto sobre os outros partidos pró-ocidentais. Porochenko espera formar uma "maioria constitucional" para conduzir as reformas essenciais no país, que enfrenta um alto grau de corrupção e vive uma recessão profunda agravada pelo conflito armado.

 

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