Premiê polonês e chanceler italiana assumem postos-chave na Europa

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, foi escolhido neste sábado (30) pelos chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) como presidente do Conselho Europeu, instituição que representa os 28 países membros do bloco. O anúncio foi feito pelo presidente em fim de mandato do Conselho, o belga Herman Van Rompuy, que divulgou ao mesmo tempo a nomeação da ministra das Relações Exteriores italiana, a social-democrata Federica Mogherini, como chefe da diplomacia europeia.

O premiê polonês, Donald Tusk, é o novo presidente do Conselho Europeu. REUTERS/Adam Stepien/Agencja Gazeta

Tusk, de 57 anos, membro do Partido Popular Europeu (PPE, conservador), substitui em dezembro Van Rompuy, primeiro presidente do Conselho, um cargo estratégico que elabora a agenda e coordena o trabalho dos chefes de Estado e de governo da UE. O líder polonês declarou não poder imaginar a União Europeia sem o Reino Unido. Ele prometeu levar em consideração as preocupações do governo britânico.

A nomeação de Tusk envia uma clara mensagem à Rússia, já que foi designado para o cargo o primeiro-ministro de um país que formava parte do bloco soviético.

Já Federica Mogherini, de 41 anos, é integrante do Partido Democrático italiano. Após sua vitória esmagadora nas eleições europeias, que o colocou como o primeiro partido de esquerda na Europa, o presidente do Conselho italiano, Matteo Renzi, encorajou sua candidatura para que suceda a britânica Catherine Ashton em novembro.

Diante da pouca experiência, a italiana multiplicou as viagens ao exterior nos últimos anos, principalmente à Ucrânia e à Rússia, assim como ao Oriente médio. Ele foi alvo de críticas de países do leste, que a consideraram pró-russa demais em encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.