Incêndio em hospital psiquiátrico na Rússia deixa 37 mortos

Trinta e sete pessoas morreram no incêndio que destruiu um hospital psiquiátrico no noroeste da Rússia na noite de quinta para sexta-feira. A maioria das vítimas eram pacientes. Uma enfermeira morreu ao tentar resgatar os ocupantes do hospital, localizado no vilarejo de Luka, região de Novgorod, entre Moscou e São Petersburgo.

Bombeiro combate o fogo no hospital psiquiátrico do vilarejo de Luka, na região de Novgorod, nesta sexta-feira, 13 de setembro de 2013. REUTERS

O fogo começou no meio da madrugada. Uma enfermeira identificada como Iulia, de 40 anos, morreu tentando salvar os pacientes. Ela era mãe de quatro crianças. Vizinhos contaram que o pessoal do hospital teve dificuldade para fazer alguns pacientes compreenderem que era uma situação de emergência, e que eles precisavam colaborar e abandonar rapidamente o local. Muitos não conseguiram acordar.

De acordo com Oleg Voronov, do Ministério de Situações de Emergência russo, no momento em que o incêndio começou havia cerca de sessenta pessoas no prédio e cerca de vinte pacientes puderam ser retirados do local. A construção era antiga, com mais de 200 anos.

As autoridades russas desconhecem as causas do fogo e investigam um eventual "ato de imprudência" de algum paciente. A mulher de um porteiro do hospital disse que entre os doentes, vários deles eram piromaníacos.

Este é o segundo incêndio que faz vítimas em um hospital psiquiátrico na Rússia desde o início do ano. Em abril, um incêndio matou 38 pessoas em uma instituição perto de Moscou. As autoridades haviam procurado recentemente interditar as construções de madeira, tijolos e cimento, consideradas insalubres.