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Síria/UE

Chanceleres da UE querem "resposta clara e forte" aos ataques químicos na Síria

Os ministros europeus das Relações Exteriores reuniram-se neste sábado em Vilnius, na Lituânia. Com a adesão da Alemanha, até então reticente a se posicionar contra a Síria, os europeus concordam por unanimidade sobre a necessidade de ser dada "uma resposta clara e forte" aos ataques químicos que ocorreram em 21 de agosto na periferia de Damasco, na Síria, deixando centenas de mortos. A natureza desta resposta, porém, não foi elucidada.  

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, conversa com o secretário de Estado norte-americano John Kerry em Vilnius, em 7 de setembro de 2013.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, conversa com o secretário de Estado norte-americano John Kerry em Vilnius, em 7 de setembro de 2013. Reutres/Susan Walsh
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'Diante do uso de armas químicas, a comunidade internacional não deve ficar passiva", declararam os chanceleres em um comunicado divulgado no final do encontro. "São crimes inaceitáveis que não podem ficar impunes, devemos evitar a criação de um precedente atroz para o uso repetido de armas químicas na Síria ou em outros lugares", diz o texto divulgado à imprensa.

John Kerry,  secretário de Defesa norte-americano, também participou da reunião; ele cumprimentou a declaração "firme" da União Europeia, mesmo se o bloco não ofereceu apoio militar aos Estados Unidos para uma intervenção militar na Síria.

Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, informou que houve unanimidade no fato de que há "fortes indícios" de que o regime sírio foi responsável pelo ataque.

Relatório da ONU

Os ministros da União Europeia também ressaltaram a importância de se esperar os resultados dos inspetores da ONU sobre os ataques químicos.A  expectativa é de que o relatório preliminar seja publicado o mais rápido possível. Foi elogiado igualmente o compromisso do presidente francês François Hollande em aguardar a publicação do documento antes de lançar qualquer operação.

A declaração final dos chanceleres insiste sobre a responsabilidade pessoal dos autores dos ataques químicos e o papel do Tribunal Penal Internacional para investigar e julgar tais crimes. Os ataques químicos são classificados no texto como "uma flagrante violação do direito internacional, um crime de guerra e um crime contra a humanidade".

Apesar do tom severo, os ministros também defendem uma solução política para dar fim ao banho de sangue.

Alemanha

A chanceler alemã Angela Merkel se solidarizou com a posição europeia de uma reação internacional forte. Para o chanceler alemão, Guido Westerwelle, o sucesso da reunião de Vilnius mostra o quanto a posição alemã de militar por uma posição comum europeia era a ideal. Westerwelle deixou claro que a Alemanha não vai participar de uma ação militar na Síria.

Durante a cúpula do G20 nesta semana, em São Petersburgo, Angela Merkel não se uniu aos onze países signatários do texto, pleiteando a necessidade de uma posição comum europeia. Uma vitória que ela acaba de obter.

O secretário americano John Kerry deixou Vilnius hoje em direção de Paris, onde deve dar uma coletiva com o chanceler francês Laurent Fabius na noite deste sábado.

 

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