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Portugal/Incêndios

Incêndios em Portugal causam cinco mortes

A cada ano, durante o verão europeu o cenário se repete: milhares de hectares de florestas em Portugal são devorados por incêndios criminosos. Porém, nunca estes incêndios provocaram tantas vítimas fatais em tão pouco tempo. Na tarde desta quinta-feira, a morte de uma bombeiro voluntária de 21 anos aumentou para cinco o número de mortos. A notícia chegou ao quartel enquanto ainda acontecia o funeral de seu colega de 23 anos que ficou preso nas chamas da Serra do Caramulo, perto da cidade e Vizeu, na véspera. Porto e Coimbra também sofrem com o fogo.

Bombeiros lutam contra fogo no vilarejo de Cintra, próximo de Lisboa
Bombeiros lutam contra fogo no vilarejo de Cintra, próximo de Lisboa REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
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Adriana Niemeyer, correspondente da RFI em Lisboa

A Serra tornou-se um labirinto muito perigoso para os 2000 homens do corpo de bombeiros e do exército, que lutam contra as chamas. O vento, que muda de direção com frequência a uma velociadade média de 40 km/h, é o pior inimigo deles. A população local já se refere à potência das chamas e da fumaça, que pode ser sentida a muitos quilômetros, como o Diabo Negro.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho dirigiu-se até as imediações para acompanhar as operações e pôs à disposição todos os meios necessários para o combate. Mas afirmou que nem todas as "situações são iguais" e que a "sequência de acidentes na Serra do Caramulo é realmente azarada".

O presidente Aníbal Cavaco Silva chamou os agentes da proteção civil de herois e disse esperar que estes acidentes sirvam como lições para o futuro. Ele também prometeu mais investimentos na prevenção. Enquanto isso, a polícia portuguesa já prendeu 50 suspeitos de iniciar o fogo para averiguação.

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