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Grécia/crise econômica

Grécia diz que está disposta a aceitar "compromisso difícil" com credores

O governo grego, que neste sábado (13) enviou uma delegação de alto escalão a Bruxelas, declarou que está pronto para "um difícil compromisso" com os seus credores, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI), para garantir a continuidade do financiamento da Grécia e impedir o calote da dívida externa. Até o fim do mês, Atenas deve pagar € 1,6 bilhão ao FMI, soma que o país não tem.

Bandeira da União Europeia diante da Bolsa de Valores de Atenas, na Grécia.
Bandeira da União Europeia diante da Bolsa de Valores de Atenas, na Grécia. REUTERS/Alkis Konstantinidis
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A tentativa de um acordo havia terminado em impasse na última quinta-feira (11). "Se alcançarmos um acordo viável, mesmo se o compromisso for difícil, vamos superar o desafio, porque o nosso único critério é a saída da crise", afirmou o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

"Teremos um acordo", garantiu por sua vez à televisão grega Skai o vice-ministro das Finanças, Dimitris Mardas, que ressaltou que "o fato de a delegação grega estar em Bruxelas, é um bom sinal". A delegação é composta por Ioannis Dragassakis, negociador-chefe do governo grego, Euclides Tsakalotos, vice-ministro das Relações Exteriores, e Nikos Pappas, braço direito de Alexis Tsipras.

De acordo com uma fonte europeia, os gregos se reúnem a partir do fim da tarde com os representantes do FMI, Banco Central Europeu (BCE) e MES, o sistema de gestão de crises financeiras da zona do euro.

Caixa em baixa

No dia 30 de junho, a Grécia deve pagar ao FMI € 1,6 bilhão e ainda há dúvidas sobre a capacidade financeira do país de fazer frente a esse vencimento sem a liberação da parcela de ajuda financeira europeia de € 7,2 bilhões. Há meses, os credores bloqueiam esse montante diante da resistência do governo grego de realizar as reformas exigidas há quatro meses: reformas do sistema de aposentadorias, de impostos e financiamento dos gastos públicos.

Segundo analistas, um calote no FMI teria consequências profundas. O BCE provavelmente teria de parar de conceder empréstimos de emergência a bancos gregos, que sofreram enormes retiradas de poupadores. Atenas, então, provavelmente terá de responder com controles de capital, reduzir saques de depósitos e pagamentos no exterior, em uma série de eventos que colocaria o futuro da Grécia na zona do euro em grave perigo.

 

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