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Grécia/Economia

Governo da Grécia diz que não cederá a chantagens externas

O Banco Central Europeu (BCE) deu um golpe na economia grega e privou os bancos do país de uma importante linha de financiamento. O governo da Grécia minimizou a decisão e garante que "não vai ceder a nenhuma chantagem".

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu não aceitar os de aceitar a dívida grega como garantia nos empréstimos aos bancos.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu não aceitar os de aceitar a dívida grega como garantia nos empréstimos aos bancos. REUTERS/Francois Lenoir
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O Banco Central Europeu anunciou na noite de quarta-feira (4) a suspensão de um plano que garantia aos bancos gregos o empréstimo de dinheiro em troca de títulos da dívida de "qualidade inferior" do que normalmente exige a instituição de Frankfurt. Em outras palavras, o BCE não quer mais aceitar os títulos da dívida pública da Grécia como garantia da liquidez que fornece ao sistema bancário do país.

No entanto, os bancos gregos poderão continuar a se beneficiar de um mecanismo de emergência, conhecido pela sigla ELA, que permite ao sistema bancário grego receber fundos do Banco da Grécia em caso de crise de liquidez.

O ministério grego das Finanças, Yanis Varoufakis, declarou que, graças a esse mecanismo, o sistema bancário do país continua "suficientemente capitalizado e totalmente protegido".

Para especialistas, a decisão do BCE lembra que o sistema bancário da Grécia continua "totalmente dependente das decisões da instituição".

Bolsa de Atenas despenca

Os investidores continuam tensos com a situação econômica do país. A bolsa de Atenas caiu mais de 9% na abertura do pregão na manhã desta quinta-feira (5). Os juros cobrados para financiar a dívida grega ultrapassaram 10%, um sinal claro da desconfiança dos mercados.

Renegociação da dívida

Numa tentativa de manter o diálogo com os principais líderes europeus, o ministro Varoufakis, está nesta quinta-feira em Berlim. Ele vai defender uma renegociação para a dívida grega durante o encontro com colega alemão, Wolfgang Schäuble, um dos maiores articulares da política de austeridade orçamentária na zona do euro.

Este será a primeira reunião entre Berlim e Atenas depois da chegada da extrema-esquerda ao poder na Grécia. O encontro também é a última etapa de um giro das autoridades gregas pelas principais capitais europeias para convencer os principais parceiros do bloco a aceitar uma revisão dos compromissos da Grécia com seus credores.

Enquanto isso, na Grécia, o Parlamento, liderado pelo partido de extrema esquerda Syryza, se reúne pela primeira vez depois da eleição.

 

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