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ONU/ ebola

Vírus ebola vai levar Serra Leoa e Guiné à recessão, diz Banco Mundial

O Banco Mundial indicou, nesta terça-feira (2), que o vírus ebola vai levar Serra Leoa e a Guiné para uma recessão em 2015. Antes da epidemia, os dois países estavam em plena prosperidade e deveriam registrar um sólido crescimento econômico.

Centro de tratamento de ebola em Kenema, Serra Leoa.
Centro de tratamento de ebola em Kenema, Serra Leoa. Ari Gaitanis/ UN
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O surto da doença teve um forte impacto na atividade econômica nos países atingidos e freou os investimentos. Segundo o Banco Mundial, Serra Leoa vai sofrer as piores perdas no PIB, com 2% de diminuição das riquezas, quando a previsão inicial era de 7,7% de crescimento. O PIB da Guiné deveria crescer 2%, mas, devido ao ebola, vai se contrair 0,2%.

A instituição é a primeira a prever um cenário tão negativo para os dois países. O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, declarou que o impacto humano e econômico da doença é “devastador” para os países africanos. Até agora, o vírus já matou quase 6 mil pessoas no oeste da África.

Libéria se sai melhor

Paradoxalmente, a Libéria, onde aconteceu a maioria das mortes (mais de 3,1 mil), vai ter “uma certa melhora na atividade”, de acordo com o banco. Ajudado a lutar contra a epidemia, o país deve ter um aumento de 1 a 3% do crescimento econômico, embora essa previsão seja bastante inferior à projetada antes do surto, que era de 6,8%.

O Banco Mundial avalia o custo da epidemia para esses três países em quase US$ 500 milhões, provocando um verdadeiro rombo no orçamento deles. Para compensar, Serra Leoa, Guiné e Libéria tiveram de reduzir os investimentos públicos em US$ 160 milhões.

“Na medida em que aceleramos a nossa resposta sanitária [à doença], a comunidade internacional deve fazer tudo que puder para ajudar os países afetados a voltar para o caminho da retomada e do desenvolvimento econômico”, afirmou Kim. O Banco Mundial prometeu uma ajuda de US$ 1 bilhão para erradicar o vírus. A instituição sublinha que o custo total da epidemia pode chegar a US$ 32 milhões, em caso de propagação na região.

 

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