Europeus recolheram quase 1 bilhão de euros em produtos falsificados
As aduanas europeias recolheram quase 1 bilhão de euros, cerca de 3 bilhões de reais, em produtos falsificados que ingressaram no bloco ao longo do último ano, revelou hoje a Comissão Europeia. A maioria dos produtos vinha da China e forma uma extensa lista, encabeçada por cigarros, mas que também contém medicamentos.
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O relatório anual da comissão sobre o assunto foi publicado hoje em Bruxelas. O número de casos registrados, de cerca de 90 mil, permanece estável em relação ao ano anterior, mas a quantidade de produtos apreendidos diminuiu drasticamente em comparação a 2011 - passou de 115 milhões para 39,9 milhões. O valor das mercadorias falsificadas, entretanto, permanece alto, de 992 milhões de euros (3,021 bilhões de reais).
Nos últimos três anos, o número de interceptações de pacotes enviados pelo correio aumentou significativamente, de acordo com o relatório, em paralelo à elevação do comércio pela internet. Em 2012, cerca de 70% das ações das aduanas europeias aconteceram em pacotes enviados pelo correio ou por outros entregadores de mercadorias – e um quarto deste material era remédios.
Entre os medicamentos, o mais comum é o Viagra, utilizado para problemas de ereção. Há ainda analgésicos, antidepressivos e até tratamento contra o câncer.
Como nos anos anteriores, a grande maioria dos artigos recolhidos vieram da China (64,5% da República Popular da China e 7,8% de Hong Kong, com CDs e DVDs falsificados), seguida pelos Emirados Árabes Unidos e a Bulgária. Entre os demais países da União Europeia, a Grécia é o que mais registrou movimentos de objetos ilegais, com 2% do total. O Marrocos é o que mais tentou enviar produtos alimentares irregulares.
Entre todos os produtos, os cigarros respondem por 31% das mercadorias, à frente de “mercadorias diversas” (garrafas, lâmpadas, cola, pilhas ou sabão em pó), com 11%, e os materiais para embalagens (10%). Cerca de 90% dos produtos recolhidos foram destruídos pelas autoridades.
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