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Economia/energia

Gás de xisto pode derrubar preço do petróleo pela metade, diz estudo

O preço do petróleo pode cair para até 50 dólares em 2015, ao invés dos quase 100 dólares atualmente, graças à revolução do gás de xisto nos Estados Unidos. O estudo foi realizado pelo instituto independente Alphavalue e analisa os benefícios do gás, que pode ser responsável por quase metade do consumo energético dos americanos na metade do século.

Plate-forme de gaz de schiste à Fort Worth au Texas, aux Etats-Unis. (Photo: 17 décembre 2008).
Plate-forme de gaz de schiste à Fort Worth au Texas, aux Etats-Unis. (Photo: 17 décembre 2008). Robert Nickelsberg/Getty Images/AFP
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O estudo publicado nesta quinta-feira foi apresentado exatamente um ano depois que a Agência Internacional de Energia afirmou prever o preço do barril de petróleo entre 100 e 118 dólares até 2015. Segundo o instituto Alphavalue, a queda do preço do gás nos Estados Unidos causou a redução dos custos do carvão mineral e um aumento da exportação do carvão para a Europa. Assim, de acordo com a Alphavalue, o recuo do preço do gás na Europa, devido às importações do produto vendido pelos americanos, poderia baixar o valor do barril do petróleo em todo o mundo. "Será um choque monumental. Nós estamos tão certos disso quanto em 2006, quando dizíamos que a economia espanhola entraria em colapso", afirmou Pierre-Yves Gauthier, responsável pela pesquisa.

Para um outro analista da equipe Alphavalue, Alexandre Andlauer, os Estados Unidos, que consomem um quinto da energia do mundo, evitariam conflitos na política externa, se fossem menos dependentes do petróleo de países do Golfo Pérsico, da Rússia e da Nigéria, por exemplo. "Os países produtores como a Rússia, a Arábia Saudita, o Irã ou a Argélia se interessam em frear o choque tecnológico causado pelo gás de xisto", declarou Andlauer.

Alphavalue estima que metade do setor industrial europeu teria aumento na sua produtividade graças à redução do preço da energia, causada pelo gás de xisto. Indústrias dos setores químico, transportes e construção civil economizariam cerca de 72 bilhões de euros (mais de 150 bilhões de reais) em meados de 2015. Entretanto, a indústria petrolífera amargaria um impacto negativo de cerca de 24 bilhões de euros (mais de 50 bilhões de reais).
 

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