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Chipre/ crise

Chipre estaria prestes a pedir ajuda financeira da União Europeia

A República do Chipre deve formalizar a qualquer momento um pedido de ajuda financeira à zona do euro para capitalizar o seu sistema bancário, informou uma fonte diplomática europeia à agência AFP. Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota do país de "BBB-" à "BB+", categoria considerada especulativa pelos mercados financeiros.

Vista de Nicósia, capital do Chipre.
Vista de Nicósia, capital do Chipre. Flickr/sk12
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Há dias que os membros da zona do euro esperam por um pedido formal do Chipre para conseguir pagar dívidas que vencem no dia 30 de junho. A solicitação deve chegar a Bruxelas “nas próximas horas”, conforme um diplomata. Nesta manhã, entretanto, um porta-voz da Comissão Européia, Amadeu Altafai, afirmou não estar informado sobre o eventual pedido de socorro “por enquanto”.

Já a representação permanente cipriota na capital belga não confirmou a iminência do pedido de ajuda. “Estamos examinando todas as possibilidades”, afirmou um membro da delegação do país comunista, cujo segundo maior banco, o Popular Marfin Bank, precisa de 1,8 bilhões para se recapitalizar antes do final do mês.

Há ainda suspeitas de que as autoridades cipriotas pretendem negociar com a Rússia um empréstimo, a invés de pedirem aos europeus, a exemplo do que já fizeram no ano passado. O valor poderia chegar a 5 bilhões de euros. O presidente do país, Demetris Christofias, convocou uma reunião de urgência com vários dirigentes nesta terça-feira, para consultá-los sobre as alternativas de ajuda financeira.

Nesta segunda, a agência Fitch rebaixou a nota atribuída à ilha, passando de BBB- a BB+, com perspectiva negativa. As duas outras maiores agências do mercado financeiro, a Standard and Poor's e a Moody’s, já haviam feito a redução em janeiro e em 13 de junho, respectivamente.

"A redução da nota soberana de Chipre reflete um aumento das necessidades de capital dos bancos do país", justificou a Fitch, em um comunicado.

Segundo a agência, os três principais bancos do país - que é parte da zona do euro e assume a presidência semestral da União Europeia em 1º de julho - estão muito expostos à crise da dívida grega. Tratam-se do Bank of Cyprus, Cyprus Popular Bank (CPB) e Hellenic Bank.

Além dos 1,8 bilhões de euros necessários para a recapitalização do CPB, a Fitch estima que as necessidades totais dos bancos do país poderiam elevar-se a 4 bilhões de euros, 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
 

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