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Emergentes

África do Sul em defasagem nos BRICS, analisa Le Monde

Em abril, fará um ano que a África do Sul entrou para o grupo dos países emergentes, formando o BRICS. No entanto, ao contrário de Brasil, Rússia, Índia e China, o quinto país vem registrando pálidos resultados econômicos, com um ritmo de crescimento médio nos últimos cinco anos de apenas 2,7% ao ano, afirma o jornal francês Le Monde.

Vista geral do centro de Joanesburgo, um dos principais centros urbanos da África do Sul, em foto de dezembro de 2009.
Vista geral do centro de Joanesburgo, um dos principais centros urbanos da África do Sul, em foto de dezembro de 2009. Flickr/austinevan
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A edição do Le Monde que chegou às bancas nesta terça-feira apresenta uma análise da atual dinâmica econômica e social da África do Sul, às vésperas da apresentação do orçamento anual do país pelo ministro das Finanças Pravin Gordhan. O correspondente do jornal em Joanesburgo, Sébastien Hervieu, começa a reportagem lembrando que a África do Sul virou uma potência econômica com a ajuda do setor de mineração - é o primeiro produtor de platina e quarto de ouro -, mas a atividade sofreu um recuo no ano passado.

A crise europeia contribuiu para a desaceleração econômica do país, segundo o jornal, pois um terço das exportações sul-africanas são dirigidas ao continente europeu. Este mês, um importante economista do Standard Bank alertou para o que chamou de "um período de estagflação light", se referindo a um crescimento fraco e taxas de inflação e desemprego elevadas.

"Frequentemente criticado pela sua falta de visão e sua ineficiência, o presidente Jacob Zuma espera que sua política de investimento vai criar um choque positivo, mas existe um acúmulo de deficiência tanto no setor público quanto no privado", afirma Le Monde.

Desemprego

O primo pobre dos BRICS registrou um índice de desemprego de 23,9% no fim de 2011, chegando a 35,4% se forem contabilizadas as pessoas que desistiram de procurar trabalho. Um dos problemas citados pelo jornal é a falta de mão-de-obra qualificada - há 800 mil ofertas de emprego ainda em aberto para engenheiros e diretores.

Além do desemprego, Le Monde lista outros pontos fracos da África do Sul: corrupção, alto nível de criminalidade apesar de uma pequena melhora, riscos de apagão no sistema elétrico e elevada taxa de incidência da Aids. "O sucesso da Copa do Mundo de futebol em 2010 ajudou a melhorar a imagem do país diante de investidores, mas todos estes problemas continuam preocupando", diz o jornalista.

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