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Europa/Crise da dívida

Presidente do BCE se declara otimista sobre futuro do euro

O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, disse hoje em Abu Dhabi acreditar que o euro terá um desempenho melhor em 2012 e se declarou "muito confiante". Ele afirmou que vê sinais tímidos de estabilização da atividade econômica em um nível baixo" na zona do euro. Em seu primeiro teste depois que tiveram suas notas abaixadas pela agência Standard and Poor's, a França e a Espanha conseguiram nesta quinta-feira emprestar dinheiro nos mercados a juros mais baixos.

O presidentedo Banco Central Europeu, Mario Draghi, participou nesta quinta-feira de uma reunião em Abu Dhabi com os presidentes dos bancos centrais das monarquias do Golfo.
O presidentedo Banco Central Europeu, Mario Draghi, participou nesta quinta-feira de uma reunião em Abu Dhabi com os presidentes dos bancos centrais das monarquias do Golfo. REUTERS
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Em sua primeira operação de venda de títulos públicos desde a perda de seu triplo A, a França conseguiu levantar € 9,5 bilhões, como previsto, para financiar sua dívida a médio e longo prazo e a juros mais baixos.

A Espanha, que teve sua nota abaixada de AA- para A pela agência Standard and Poor's, emprestou € 6,609 bilhões de euros, ou seja, um montante bem superior ao objetivo inicial, que oscilava entre € 3,5 bilhões e € 4,5 bilhões, e a juros reduzidos para o prazo de dez anos, o mais sensível para os mercados.

Estes são apenas dois exemplos de como o mercado reagiu à onda de rebaixamentos de notas de vários estados da zona do euro na última sexta-feira. Todos os países sancionados pela Standard ans Poor's que emprestaram dinheiro nesta semana conseguiram melhores condições do que em suas operações anteriores.

Segundo analistas, essa reação do mercado não é surpreendente pois a degradação das notas desses países já era esperada e aconteceu em um contexto muito complexo, entre a operação inédita de empréstimo a três anos do BCE no final de dezembro e o anúncio de ontem do Fundo Monetário Internacional (FMI), que pretende levantar US$ 500 bilhões suplementares para enfrentar a crise da zona do euro e suas consequências sobre a economia mundial.

Recessão

As declarações otimistas do presidente do BCE acontecem um dia depois de Jean-Claude Juncker, chefe do Eurogrupo, que reúne os ministros da economia da união monetária, ter afirmado que a zona do euro está "à beira da recessão" econômica. Ele pediu que os líderes do bloco encontrem meios para estimular o crescimento.

A agência de notação Standard and Poor's anunciou hoje que prevê uma leve alta do número de falências na Europa em 2012, em comparação com o final de 2011. Esse aumento, que deve afetar as empresas mais frágeis, é alimentado por um risco de "recessão moderada" na zona do euro nesse início de ano.

A Comissão Europeia pediu nesta quinta-feira que os estados membros do FMI contribuam para aumentar as reservas financeiras da instituição. O apelo foi dirigido sobretudo aos Estados Unidos e às economias emergentes em vista de uma reunião crucial do G20 em fevereiro.
 

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