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Ciência/Pesquisa

Estudo confirma predisposição genética à esquizofrenia

Um estudo publicado nesta terça-feira (22) na revista britânica Nature identificou mais de cem variações genéticas associadas com o risco de desenvolver esquizofrenia. A pesquisa aponta novas pistas para a compreensão das causas desta doença complexa e formas de tratá-la com mais eficiência.

Estudo sobre nova técnica para tratar da esquizofrenia foi publicado no site da revista 'Nature'.
Estudo sobre nova técnica para tratar da esquizofrenia foi publicado no site da revista 'Nature'. http://www.nature.com/nature/outlook/schizophrenia/
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O estudo, realizado por um consórcio internacional de geneticistas, é o maior realizado até hoje na área da psiquiatria. Contou com a participação de 150 mil indivíduos, incluindo 37 mil pacientes.

A partir de 80 mil amostras, os cientistas identificaram 128 variedades genéticas independentes, em 108 regiões precisas do genoma humano, sendo 83 delas inéditas e suscetíveis de contribuir a uma predisposição para a doença. A maioria destas variações tem relação com genes envolvidos na transmissão de informação entre os neurônios e as funções essenciais da memória e da aprendizagem.

A esquizofrenia, que geralmente aparece na adolescência ou em jovens adultos, afeta mais de 24 milhões de pessoas no mundo. A doença se manifesta por meio de crises agudas de psicose, podendo incluir alucinações e delírios, bem como sintomas crônicos que resultam em problemas emocionais e intelectuais.

Atualmente, existem tratamentos disponíveis, mas a sua eficácia deve ser melhorada, enfatizam os pesquisadores. Os medicamentos tratam os sintomas da psicose, mas têm pouco efeito sobre a diminuição da capacidade cognitiva dos pacientes.

Outras associações observadas entre genes relacionados com a imunidade e o risco de esquizofrenia reforçam a hipótese de uma ligação entre a doença e uma disfunção do sistema imune.

"Estes novos resultados poderiam encorajar o desenvolvimento de novos tratamentos para a esquizofrenia", acredita Michael O'Donovan, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, responsável pela pesquisa.

"O estudo confirma que a genética é um fator importante na doença", dizem os especialistas associados ao projeto.

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